Trump inicia ofensiva comercial e impõe novas tarifas de até 40% a países
Presidente dos EUA anunciou líderes estrangeiros sobre novas tarifas de até 40%
Donald Trump deu mais um passo em seu segundo mandato ao comunicar oficialmente, nesta segunda-feira (7/7), o início de uma nova rodada de tarifas sobre importações. Agora, em cartas enviadas a chefes de Estado de países como Japão, Coreia do Sul, Malásia e África do Sul, o presidente dos Estados Unidos estipulou alíquotas que variam entre 25% e 40%, com vigência a partir de 1º de agosto. As mensagens foram publicadas por Trump em sua rede Truth Social e seguem um padrão de tom firme, condicionando a suspensão das tarifas à transferência de produção para o território americano.
O envio das correspondências também representou uma prorrogação na trégua tarifária, anteriormente prevista para terminar em 9 de julho. Com o novo prazo, os países notificados terão mais três semanas para buscar acordos que evitem a aplicação do tarifaço. Até o momento, apenas o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos parciais com Washington. A União Europeia, Japão, Índia e Tailândia ainda tentam negociações de última hora para escapar das sobretaxas em setores estratégicos como agricultura e tecnologia.
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A Casa Branca informou que, no total, ao menos 14 países devem receber as cartas até o fim da semana. A secretária de imprensa Karoline Leavitt confirmou que o próprio presidente está decidindo a ordem de envio. Ela afirmou ainda que Trump planeja “planos comerciais personalizados para cada país do planeta”. As tarifas anunciadas são parte do que o governo americano chama de “política de reciprocidade comercial”.
Além das tarifas, Trump intensificou sua retórica contra o BRICS. No domingo (6/7), ele ameaçou impor um imposto extra de 10% a qualquer país que, segundo ele, adote “políticas antiamericanas” ligadas ao bloco. A declaração causou reação imediata. A China afirmou que o uso de tarifas como forma de coerção não beneficia ninguém. A Rússia, por meio do porta-voz Dmitry Peskov, defendeu que o BRICS busca uma ordem global mais equilibrada e inclusiva. África do Sul e Etiópia também saíram em defesa do grupo, reforçando seu caráter cooperativo e não confrontacional.
A carta enviada ao primeiro-ministro japonês, Ishiba Shigeru, exemplifica o tom adotado por Trump: ele afirma que os 25% de tarifa estão aquém do necessário para corrigir o desequilíbrio comercial, mas que poderão ser retirados caso empresas japonesas passem a produzir nos EUA. O documento ainda alerta que qualquer tentativa de retaliação será respondida com tarifas adicionais.
Ainda não se sabe se o Brasil será diretamente afetado pelas novas tarifas, mas, diante das ameaças ao BRICS, o Itamaraty monitora os desdobramentos. Até o momento, o governo brasileiro não emitiu resposta oficial sobre a situação.
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