Treta clássica de A Fazenda vira roteiro de filme em Hollywood com ex-participante
Haysam Ali, desistente do reality após sofrer bullying e ameaças, se formou em Los Angeles e está lançado o filme Play, seu primeiro trabalho nos cinemas
A cena que chocou telespectadores há 13 anos, quando Haysam Ali foi ameaçado com um machado durante o confinamento da Fazenda de Verão, na Record, impactou a vida do ex-participante a ponto dele abandonar tudo no Brasil e refazer a vida em outro lugar.
As perseguições e agressões morais sofridas durante o reality show acarretaram em uma série de problemas. Agora, após mais de uma década da ocasião desesperadora, ele retorna ao país para a divulgação do seu primeiro grande projeto nos cinemas, e acredite, com roteiro que se entrelaça com tudo o que ele viveu na atração.
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Haysam Ali lança carreira em Hollywood com um curta sobre bullying, tema presente desde a infância e que no programa o fez repensar a vida na época. Protagonista ao lado da atriz francesa Juliette Cecile, ele apresenta o filme PLAY, com data de lançamento agendada para 14 de outubro aqui no Brasil.
A obra promete oferecer uma poderosa reflexão sobre o tema e leva a assinatura do renomado João Dall’Stella, premiado com o Grande Prêmio DGA para Diretores Latinos.
Entrevista com Haysam Ali
Ao portal LeoDias, Haysam afirmou que o tema sobre bullying em seu primeiro projeto como ator foi pura coincidência do destino.
“O filme também pretende trazer visibilidade para a Instituição Escola sem Bullying, que hoje soma mais de 10 livros educativos que ensinam professores e alunos em como lidar com esse tipo de situação. O assunto de A Fazenda vem naturalmente como tópico disso. Hoje, claro, temos mais consciência e cuidado quando vamos abordar o assunto, mas na época do programa eu não tive esse amparo, esse cuidado”, disse ele, que enfrentou depressão profunda e crises de ansiedade pós-reality devido aos ataques constantes.
PLAY, cabe destacar, ainda nem estreou e já possui nomeações em festivais importantes do cinema internacional, como Melhor Atuação em Dupla, Melhor Curta de Drama e Melhor Direção. Foram cerca de 40 profissionais envolvidos em sua produção e um processo de preparatório bastante intenso.
“Existiu um exercício de vulnerabilidade e de volta ao passado a fim de atingir o ponto de dramaticidade para a atuação. Minha memória voltou sim para alguns momentos dentro da Fazenda. Me emocionei, me arrepiei na hora de compartilhar essas situações”, relatou.
O rótulo de ex-Fazenda
“O rótulo não me atrapalha, não me ofende, antigamente me ofendia porque eu não tinha muito orgulho devido ao que passei, mas hoje em dia a imprensa ao mesmo tempo vai valorizar. Hoje não estou 100% vinculado a isso. Estou bem resolvido”, afirmou ele.
Hayam foi desistente do programa, mas disse que toparia retornar para continuar de onde parou. “Se me convidassem eu até cogitaria sim continuar a história que eu não terminei. Lá eu pedi para sair.”
Na escola Stella Adler, a mesma que formou Al Pacino, Marlon Brando e Robert De Niro, Ali encontrou a verdadeira conexão com a arte. Depois de muito estudo, de diversos testes e de criar uma vasta rede de relacionamento com ícones do cinema mundial, Haysam foi convidado para estrelar PLAY.
O curta-metragem conta a história de Henry, um pai e marido dedicado, cujo passado enterrado vem à tona durante um momento lúdico com a esposa, Verônica. À medida que navegam pelos altos e baixos do relacionamento, Verônica faz aflorar memórias dolorosas de Henry, que acaba reagindo de forma inesperada.
Para incorporar o personagem, Haysam contou com Miguel Perez como acting coach, profissional que já trabalhou com Johnny Depp, Steven Spielberg e Harrison Ford. A produção – que levou sete meses entre ensaios e gravações – é a realização de um sonho de longa data de Ali que afirma: “É o meu primeiro trabalho em Hollywood e isso representa uma conquista pessoal muito significativa”.
“Queremos abrir uma discussão sobre como esse tipo de violência pode moldar vidas, afetar a autoestima e os relacionamentos na vida adulta”, explica. Por meio da jornada de Henry, o filme promete provocar empatia e compreensão entre aqueles que enfrentam ou já enfrentaram batalhas semelhantes.
“Defendemos um mundo em que ninguém precise superar as sombras do passado sozinho. PLAY é mais do que uma narrativa, é um chamado à ação. Estamos convencidos de que por meio da arte podemos ajudar a mudar a forma como abordamos a saúde mental e a resiliência em nossa sociedade, e que outros como eu, possam se sentir de alguma forma representados”, concluiu o ator.
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