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Karen Bachini posta carta à Mari Saad sobre Mascavo: “Negras não foram incluídas na marca”

Youtuber é conhecida por testar produtos de beleza há 16 anos e se pronunciou sobre a marca da empresária Mari Saad, acusada de racismo pelos consumidores

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        O mundo das maquiagens passa por uma nova polêmica. Após lançar sua nova marca independente, a Mascavo, a influenciadora Mariana Saad recebeu muitas críticas nas redes sociais e até mesmo acusações de racismo. Consumidores afirmam que a marca invisibilizou peles negras em seus produtos, pela falta de variedade de tons. A maquiadora Karen Bachini fez uma carta aberta criticando Mari e a marca e alguns trechos viralizaram.

        O vídeo em questão já alcançou mais de 3,5 milhões de visualizações no YouTube. Na carta aberta à Mari Saad, Karen afirma que já tentou gravar várias vezes um vídeo sobre o assunto, mas chegou até mesmo a ter crise de pânico, com receio de não conseguir passar a mensagem que gostaria que as pessoas entendessem.

        Veja as fotos

        Reprodução: Instagram/Karen Bachini
        Youtuber Karen BachiniReprodução: Instagram/Karen Bachini
        Reprodução: Instagram/Mariana Saad
        Empresária Mari Saad e dona da marca MascavoReprodução: Instagram/Mariana Saad
        Reprodução: Instagram/Karen Bachini
        Karen analisa marcas de maquiagem há mais de 15 anos e publica vídeos no YouTube sobre suas reviewsReprodução: Instagram/Karen Bachini
        Divulgação: Mercado Livre
        Alguns dos principais produtos de Mari Saad e que fazem sucesso no mundo dos cosméticosDivulgação: Mercado Livre

        No início do vídeo, que conta com mais de 20 minutos, a youtuber detalha pontos positivos que viu na marca, como identidade visual, embalagem e fórmulas. No entanto, reconhece as críticas dos consumidores: a falta de cuidados ao pertencimento e identidade de peles retintas.

        Em seguida, a maquiadora relembra uma marca que soube preservar o cuidado com diversos tons de pele e revolucionou o mercado dos cosméticos: a Fenty Beauty, da cantora e empresária Rihanna. Após essa revolução na indústria, até mesmo marcas coreanas já expandiram o catálogo para incluir pessoas com peles retintas, como lembrou Karen, embora a população do país seja majoritariamente amarela.

        “Num país – e você falou muito sobre a brasilidade na sua marca – que mais de 56% da população é negra e uma grande parte é retinta; essas pessoas não foram inclusas na sua marca. […] Eu acredito que você tenha sim experiência com o mercado. E eu não acredito que você não tenha parado pra pensar que a maior parte do Brasil é negra. Eu acho que talvez você tenha escolhido não atender essas pessoas no seu primeiro lançamento”, declarou.

        “Fico em dúvida se você vai trazer mais tons porque era o planejado, ou se você vai trazer mais tons porque muitas pessoas criticaram, ou se você tinha planejado lançar só aqueles tons que atende você e suas amigas, que tem padrão de pele clara”, pontuou a influenciadora.

        Ao final do vídeo, Karen diz que decidiu publicar a carta aberta para que, tanto Mari quanto o público consumidor de maquiagem entendam a proporção do ocorrido e que, em seus próximos lançamentos, a empresária se lembre de pessoas com pele retinta e preta.

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