Álvaro Xaro detalha como enfrentou crise de pânico durante o “Dança dos Famosos”
Em entrevista ao portal LeoDias, o influenciador conta como lida com a ansiedade nos bastidores; especialista explica que episódios intensos podem se manifestar como crise de pânico, sem indicar transtorno
Álvaro Xaro sofreu uma crise de pânico, segundo Lucas Leto, nos bastidores do “Dança dos Famosos 2025”, no dia da estreia do quadro, no “Domingão com Huck”, da TV Globo. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o intérprete de Sardinha no remake de “Vale Tudo”, colega do influenciador digital na competição, contou que o ajudou a enfrentar o momento delicado.
Em entrevista ao portal LeoDias, Álvaro relembra o acontecido. Ele relata como tem sido lidar com os desafios emocionais durante a intensa experiência de competição. “Pois é, a palavra é exatamente essa, intensidade. Tudo é intenso demais nos ensaios e a gente fica naquela expectativa para dar tudo certo, para não errar a coreografia. No final, é um turbilhão de sentimentos que toma conta da gente e muitas vezes ficamos mais vulneráveis, mas faz parte né?”, diz.
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Questionado sobre quais foram os sinais ou sintomas que percebeu antes e durante a crise, o famoso relata: “É aquela ansiedade que bate forte e deixa a gente preocupado se tudo vai dar certo. Sou bem positivo, sei que no final tudo fica bem, mas não tem como a gente controlar certas coisas, estou aprendendo a lidar com essa nova rotina e a entender os limites do meu corpo”.
Em seguida, o influenciador explica como lida com a ansiedade e o estresse no dia a dia, especialmente em momentos de tanta exposição pública. “É nesse momento que tento ser mais leve, brincar até com as coisas que fogem do controle. No fim é isso né gente, rir de si próprio. O público já me conhece e sabe que eu sou isso aqui mesmo e mostro tudo sem filtro e no maior bom humor”, destaca.
“O pânico deriva da ansiedade”
Diante do caso de Álvaro Xaro, o portal LeoDias conversou com o psicólogo Alexander Bez. Para ele, o que as pessoas precisam entender, primeiramente, é a nomenclatura correta. “Quando alguém tem uma crise de ansiedade, na realidade está passando por um episódio de pânico. O pânico deriva da ansiedade e, em toda a história da humanidade passado, presente ou futuro, não existe nada mais intenso do que o pânico. Ele representa o grau mais alto de uma conotação neurótica que uma pessoa pode alcançar, sendo a manifestação máxima da ansiedade”, salienta.
De acordo com o especialista, o ataque de pânico não precisa, necessariamente, configurar um transtorno; ele pode ocorrer de forma isolada. “Mas, se a pessoa teve um ataque de ansiedade muito intenso, isso já é um episódio de pânico. Não dá para separar as duas coisas. Dizer que existe um episódio de ansiedade separado do pânico é usar a terminologia de forma incorreta, porque o pânico é a materialização máxima do transtorno de ansiedade, conhecida como síndrome do pânico”, informa.
Apesar de muitos utilizarem o termo “transtorno do pânico”, Alexander declara que ainda prefere a nomenclatura “síndrome do pânico”, que é a denominação original. “Muitas vezes, quando alguém afirma “não tenho pânico”, existe uma conotação psicológica de negação da patologia, mesmo que o episódio tenha sido isolado. Uma ansiedade muito intensa, causada por algum fator específico, invariavelmente desemboca numa crise de pânico e aí está o problema”, pontua.
“Antigamente, no Brasil, antes de existir o diagnóstico de pânico, alguns psiquiatras e psicólogos classificavam esses casos como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Hoje, sabe-se que o TAG é outra condição de ansiedade, mas que também pode levar ao pânico. É fundamental compreender que o transtorno de pânico é a manifestação mais intensa de um momento de ansiedade, que varia em sintomas e intensidade de pessoa para pessoa”, conclui o psicólogo.
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