Cuidado com a pele: especialista explica sintomas e tratamento da dermatite atópica
O Ministério da Saúde disponibilizou três novos medicamentos para o controle da doença no SUS

Recentemente, o Ministério da Saúde incorporou três novos medicamentos para o tratamento de dermatite atópica ao Sistema único de Saúde (SUS), já que desde 2024 o governo atendeu mais de 500.000 pacientes com a doença. Para entender melhor sobre a condição crônica e inflamatória, o portal LeoDias entrevistou a médica dermatologista Marcela Mendes. Confira!
A especialista explicou o que é a dermatite atópica: “É uma doença inflamatória e crônica da pele, não contagiosa e que se manifesta com pele seca, coceira no corpo e manchas vermelhas e descamativas. Geralmente inicia na infância, mas também pode ocorrer na vida adulta”, esclareceu.
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A doença acontece por uma predisposição genética e pode ser mais comum em pessoas com histórico familiar. Além disso, em pacientes de alergias como rinite e asma. Mas segundo a médica, alguns fatores agravá-la: “A recorrência das crises de ser promovida por clima seco, banhos quentes e demorados, contato com substâncias irritantes, uso de sabonetes agressivos, falta de hidratação da pele e estresse emocional”, destacou.
A dermatologista ainda ressaltou como identificar dermatite atópica no corpo: “Pessoas com pele sensível e ressecada, com coceira no corpo e surgimento de manchas vermelhas que descamam no, especialmente em áreas de dobras como atrás dos joelhos, nas dobras dos braços e pescoço devem procurar consulta com médico dermatologista para que seja feito o diagnóstico da doença.”
A condição de saúde pode ser tratada de forma oral ou injetável: “O tratamento depende do grau de gravidade da doença que é avaliado pelo médico dermatologista e envolve medicações tópicas nos casos mais leves como corticoides e imunomoduladores e podem ser associadas medicações via oral ou até injetáveis nos casos mais graves como imunossupressores e imunobiológicos. Em todos os casos são indicados os cuidados com a barreira cutânea como hidratação e controle dos fatores agravantes”, orientou.
Segundo a profissional, os medicamentos disponibilizados pelo SUS são eficazes no tratamento em casos sutis: “As medicações tacrolimo, furoato de mometasona e metotrexato são eficazes para o tratamento da dermatite atópica em muitos casos leves e moderados e sua incorporação pelo SUS representa uma evolução no cuidado aos pacientes que convivem com a doença. Ainda assim, é importante reforçar que essas atualizações, embora relevantes, não contemplam de forma plena os casos graves de dermatite atópica que necessitam de terapias alvo específicas como o dupilumabe e o upadacitinibe que ainda não foram efetivamente disponibilizados na rede pública. Portanto, ainda há uma ausência no SUS de opções terapêuticas modernas e eficazes para o tratamento das formas severas da doença”, pontuou.
Alguns cuidados diários são eficazes para evitar dermatite: “Os cuidados com a barreira cutânea devem ser iniciados ainda na infância, com uso de sabonetes suaves com PH adequado para a pele e em pequenas quantidades, banhos rápidos, evitar água quente, além do uso de um hidratante sem cheiro em creme logo após os banhos em todo o corpo”, finalizou a dermatologista Marcela Mendes.
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