Especialista detalha tratamento contra TPS, diagnosticado em filha de Maíra
Desde de quando era bebê a criança, hoje com 6 anos, apresentava sintomas

Maíra Cardi revelou que sua filha Sophia, de 6 anos, foi diagnosticada com hipersensibilidade sensorial, que faz parte do Transtorno de Processamento Sensorial (TPS). Sintomas como irritação com barulho, texturas, roupas e cheiros levaram ela descoberta o quadro. Para entender mais o assunto, como é diagnosticado e o tratamento, a reportagem do portal LeoDias conversou com a neuropsicóloga Dra. Andréa Ladislau.
“A hipersensibilidade faz parte do espectro de sintomas e diagnósticos do Transtorno de Processamento Sensorial. Esse transtorno refere-se, exatamente, a uma condição clínica neurológica em que o cérebro apresenta sensibilidade exagerada com questões sensoriais que, para uma pessoa que não possui a TPS seria normal”, definiu ela.
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Incômodo intenso com sons, determinadas texturas de tecido, alimentos, intensificação de cheiros e temperaturas são alguns dos sintomas que o paciente pode sofrer.
“Essa potencialização de sensações desagradáveis dificultam o dia a dia do paciente e podem até causar um isolamento social, pois a percepção sensorial é intensificada ao extremo, causando a fixação do diagnóstico. Além disso, a TPS traz na bagagem sintomas como seletividade alimentar, dificuldade de adaptação e aceitação de mudanças, falta de foco, aversão a toques, coordenação motora reduzida em alguns casos e reações emocionais extremas que podem ser rotuladas como birras ou falta de modos e educação”, explicou a especialista.
O Transtorno de Processamento Sensorial tem mais prevalência em crianças em idade de 3 a 10 anos. É quando se consegue perceber as anormalidades sensórias, como a hipersensibilidade que dificulta que a criança tenha uma vida “normal”. Porém, adultos também podem apresentar o transtorno, uma vez que, na infância, não tiveram o diagnóstico desvendado e nem o tratamento adequado para reduzir os impactos negativos da doença.
“O diagnóstico é feito através de exames neurológicos, avaliação neuropsicológico e, principalmente, pela observação atenta de desvios, desequilíbrio emocional, comportamental e, principalmente, desordem sensorial que o paciente possa vir a apresentar no cotidiano, em suas atividades diárias, demonstrando um sofrimento psíquico fora do normal. É necessário um acompanhamento com equipe multidisciplinar, neurologista, psicólogo e neuropsicólogo, além do terapeuta ocupacional”, continuou.
“Alguns casos, exigem até a intervenção do fonoaudiólogo. Estes profissionais vão desenvolver práticas terapêuticas, personalizadas, para reduzir os sintomas e amenizar todos os desconfortos sensoriais apresentados pelo paciente. A terapia ocupacional com integração sensorial, por exemplo, é fundamental e traz ferramentas poderosas para essa adaptação a uma condição clínica que limita a interação social e o bem estar de quem sofre com esse transtorno”, recomendou a profissional de saúde.
Profissional indicado para o diagnóstico de Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) é o terapeuta ocupacional.
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