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Especialista explica o que aconteceu com adolescente que morreu após bolada

Cardiologista também disse como a mortalidade por causa dessas lesões pode ser evitada

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    Edson Lopes Gama, de 16 anos, morreu nesta semana após receber uma forte bolada no peito, durante um torneio de pênaltis em Maués, no interior do Amazonas. Infelizmente, ninguém está livre de ser uma vítima e o óbito pode acontecer com qualquer pessoa, foi o que falou a cardiologista e médica do esporte, Dra. Fernanda Almeida Andrade para a reportagem do portal LeoDias. Ela analisou o caso do adolescente e explicou como as mortes podem ser evitadas nessas situações.

    A condição cardiológica que aconteceu com Edson é chamada commotio cordis (agitação no coração). Com o impacto no tórax, o coração sofreu uma instabilidade elétrica e só é revertida através de uma desfibrilação. Pode acontecer em qualquer idade, depende do esporte praticado e do risco de sofrer essa lesão na região do tórax.

    Veja as fotos

    Foto: Arquivo pessoal
    Edson Lopes GamaFoto: Arquivo pessoal
    Reprodução: X
    Edson Lopes Gama defendendo o golReprodução: X

    “A forma de se proteger é reconhecer se o esporte leva algum risco de levar algum trauma no tórax, e o uso de equipamento de proteção individual, como é feito, por exemplo, com os indivíduos que jogam futebol americano”, aconselhou a médica. Mas esse cuidado não existe no futebol jogado no Brasil.

    As pessoas também deve estar em alerta em relação a causas traumáticas diretas em causas genéticas, como cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia arritmogênica, síndrome de Marfan e outras canalopatias, doenças que são diagnosticadas através de exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma. A avaliação, pré-participação de atletas é fundamental.

    “É essencial que o ambiente desses atletas amadores e profissionais, seja para treinamento ou competição, esteja disponível de forma acessível um desfibrilador, como o DEIA. É um equipamento de fácil manipulação, visto que ao ligar ele, ele mesmo dá as orientações de onde colocar os eletrodos no paciente, se você vai apertar o botão de choque ou não, se trata-se de uma parada cardiorrespiratória ou não”, continuou a especialista.

    Ela defendeu a ideia de que a reanimação feita por leigos seja ensinada nas escolas, faculdades e que qualquer um aprenda a manusear esse dispositivo, que pode salvar vidas fora de ambiente hospitalar.

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