Falta de desejo sexual: Especialista explica o que causa condição que afeta Deolane
A falta de desejo sexual pode estar ligada com questões físicas e psicológicas e tratamento é multidisciplinar
Esta semana a Dra. Deolane Bezerra fez uma declaração sobre não sentir vontade de ter relações sexuais e que “não estava normal” a sua apatia sobre isso. Mas assim como Deolane, muitas mulheres e homens podem passar pela falta de desejo sexual. O portal LeoDias conversou com um especialista para explicar quais são as causas e tratamentos desse tipo de condição.
O Dr. Saulo Ciasca, psiquiatra, professor e psicoterapeuta especializado em sexualidade explica que a falta de desejo sexual ou redução da libido é a queixa mais comum de quem procura ajuda médica na área de sexualidade.
“Pode ocorrer de tempos em tempos e estar relacionada a estresse, maior direcionamento da energia em outras atividades, falta de tempo, experiências sexuais anteriores ruins e assim por diante. Fazemos o diagnóstico de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo quando a falta de desejo é persistente, por mais de 6 meses, e traz sofrimento à pessoa é importante uma avaliação médica a fim de investigar as possíveis causas para o quadro. ”, explicou.
O Dr. Saulo lista como as causas psicológicas dessa condição o estresse, ansiedade, depressão, traumas emocionais, experiências negativas anteriores, mudanças na rotina relacionadas a filhos, conflitos religiosos, conflitos com a própria orientação afetivo-sexual, história de violência sexual e problemas de relacionamento.
Como condições que não sejam psicológicas, ele pontua doenças crônicas como diabetes, hipertensão e distúrbios hormonais, condições neurológicas e cardiovasculares, uso de medicamentos como antidepressivos, contraceptivos hormonais, anti-hipertensivos e agentes quimioterápicos.
Segundo o psiquiatra, as alternativas de tratamento abordam tanto o mental quanto o físico: “O tratamento da falta de desejo sexual muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar que pode incluir intervenções médicas, psicológicas e sexuais. Pode ser indicada a terapia cognitivo-comportamental, terapia de casal e terapia sexual, estratégias de manejo do estresse, exercícios físicos regulares, sono adequado e uma dieta saudável. Em alguns casos, o tratamento medicamentoso pode ser necessário para corrigir desequilíbrios hormonais ou para ajustar a medicação que está afetando a libido”, esclarece.
Questionado como é a mesma situação em homens, ele pontua a diferença hormonal: “Mulheres passam pela menopausa que pode ser um fator relacionado à piora na libido. Homens também podem ter uma produção diminuída de testosterona ao longo do tempo e desenvolverem desejo sexual hipoativo. Muitas mulheres são reprimidas em relação ao desejo, o que é diferente com os homens”, explica.
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