O que são altas habilidades? Especialista explica diagnóstico de Whindersson Nunes
Segundo a neuropsicóloga entrevistada pelo portal LeoDias, os pacientes com esta condição apresentam desempenho superior à média em uma ou mais áreas do conhecimento humano

O humorista Whindersson Nunes revelou que foi avaliado com altas habilidades, durante uma entrevista ao Fantástico, da Globo, no último domingo (3/8). Ele refletiu que a condição, também conhecida como superdotação, causou impactos em sua vida e afirmou que desde a infância já se sentia diferente. Em entrevista ao portal LeoDias, a neuropsicóloga Camila Martins explicou o diagnóstico do influenciador.
“Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) referem-se a indivíduos que apresentam desempenho significativamente superior à média em uma ou mais áreas do conhecimento humano, como capacidades intelectuais gerais, talentos acadêmicos específicos, habilidades criativas, liderança, artes visuais e performáticas, entre outras. Essas pessoas demonstram precocidade, alta intensidade e profundidade em seus processos cognitivos e afetivos”, esclareceu a especialista do grupo Mantevida.
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A neuropsicóloga explicou como ocorre o diagnóstico: “É realizado quando há evidências consistentes de desempenho superior, com base em avaliações psicométricas, observações comportamentais e histórico de desenvolvimento. Trata-se de uma condição de natureza neurobiológica, influenciada tanto por fatores genéticos quanto ambientais, que resulta em um funcionamento cognitivo atípico e elevado”, disse ela.
A profissional ressaltou que o desenvolvimento das altas habilidades é multifatorial: “Aspectos genéticos, como hereditariedade de altas capacidades cognitivas, aliados a um ambiente estimulante, favorecem o surgimento e consolidação dessas habilidades. Fatores como acesso a conteúdo enriquecidos, liberdade criativa e estímulo à curiosidade intelectual são fundamentais nesse processo”, pontuou Camila.
Somente com o reconhecimento da superdotação é possível a implementação de estratégias de enriquecimento e aceleração curricular: “Além de promover maior autocompreensão do indivíduo. Isso pode reduzir sentimentos de inadequação, frustração e isolamento social, contribuindo para o bem-estar emocional e para a realização pessoal, acadêmica ou profissional”, destacou a especialista Camila Martins.
A neuropsicóloga alertou que pacientes com o diagnostico não identificado frequentemente apresentam sinais como desmotivação escolar, comportamentos disruptivos, dificuldades de socialização ou queixas emocionais (ansiedade, irritabilidade).
Por fim, Camila orientou que o acompanhamento psicológico é extremamente benéfico em casos de altas habilidades: “Muitas vezes, esses indivíduos enfrentam desafios emocionais, como perfeccionismo, hipersensibilidade, sensação de não pertencimento ou dificuldades de regulação emocional. O suporte psicoterapêutico pode auxiliar na adaptação social e emocional, além de favorecer o desenvolvimento saudável de suas potencialidades, principalmente nas pessoas neurodivergentes, que ficam ociosas devido finalizar uma demanda com mais agilidade”, concluiu.
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