Paralisia de Bell: Especialista explica diagnóstico de Fernanda Gentil. Entenda!
Em entrevista ao portal LeoDias, o médico neurologista Dr. Sérgio Jordy explicou o que é, o que causa e qual o tratamento recomendado para doença
Fernanda Gentil surpreendeu seus seguidores na terça-feira (28/2) ao informar nas redes sociais que foi diagnosticada com paralisia de Bell . A jornalista percebeu que as funções motoras do rosto não estavam funcionando corretamente ao mandar beijos para o filho. Para entender sobre o que se trata essa enfermidade, o portal LeoDias conversou com o Dr. Sérgio Jordy, neurologista da Rede D”/or.
Ao abraçar e beijar o filho, ela percebeu que a boca estava meio dormente, mas esqueceu. Só reparou que algo estava realmente errado no dia seguinte, quando estava saindo para trabalhar. “Comecei a mandar vários beijos e não saia, a boca não firmava, sabe?”, disse em suas redes sociais.
Segundo o especialista, a paralisia de Bell é uma condição médica que afeta o nervo facial, causando fraqueza súbita e temporária nos músculos do rosto.
“A paralisia de Bell se dá por uma lesão do nervo facial que faz a mobilidade da face e quando ocorre geralmente é de um lado só ficando metade do rosto paralisado alterando a expressão facial e dificultando a movimentação dos lábios que às vezes dificulta a ingestão de líquidos”, explicou o médico neurologista.
Sobre o que pode causar a paralisia de Bell, o profissional explica: “Há várias causas da paralisia podendo ser infecciosa inclusive por alguns vírus há também lesão por choque térmico”.
O tratamento
De acordo com o especialista, o tratamento para a paralisia de Bell é realizado por meio de medicamentos e fisioterapia, mas dependendo da lesão pode deixar sequelas permanentes.
“O tratamento é baseado na desinflamação do nervo em muitos casos utilizando corticoide e nos casos de infecção, o tratamento anti-infeccioso. Geralmente o déficit melhora algumas semanas, mas alguns casos de lesão intensa podem causar sequela até permanente”, explicou o médico.
“A fisioterapia da face melhora o déficit e geralmente solicitamos de rotina”, completou.
Ainda de acordo com o neurologista, algumas doenças autoimunes podem influenciar no aparecimento de paralisias faciais e pode ocorrer em pacientes de todas idades, apesar de ser menos comum em crianças.
“Algumas doenças autoimunes também podem causar a paralisia facial e o principal diagnóstico diferencial se dá com o AVC que pode atingir a face também”, contou.
“A incidência ocorre entre 13 a 34 casos por 100 mil habitantes de qualquer idade, mas é menos frequente em crianças”, continuou.
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