Pielonefrite aguda: conheça infecção bacteriana que atingiu a atriz Isadora Cruz
A atriz precisou ser afastada das gravações da novela “Guerreiros do Sol” por um mês, após o diagnóstico

Isadora Cruz revelou que teve uma infecção bacteriana nos rins, chamada de pielonefrite aguda, durante as gravações da novela “Guerreiros do Sol”, da Globoplay. Em uma participação no programa “Encontro com Patrícia Poeta”, na última terça-feira (5/8), a atriz contou que chegou a ficar com febre de 40 °C e precisou ser afastada do trabalho por um mês. O portal LeoDias entrevistou um especialista em saúde para entender a condição que atingiu a artista.
O médico Rodrigo Wilson Andrade, coordenador da urologia do Hospital Albert Sabin (HAS- SP), explicou o que é uma pielonefrite aguda: “Infecção bacteriana que acomete o parênquima renal e a pelve renal, geralmente decorrente da ascensão de bactérias a partir do trato urinário inferior, sendo Escherichia coli o agente etiológico mais comum. Clinicamente, manifesta-se por sintomas sistêmicos associados a sinais de envolvimento do trato urinário superior”.
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O especialista pontuou os sintomas da doença: “Incluem febre (geralmente ≥38 °C), dor lombar ou em flanco, calafrios, náuseas, vômitos e, frequentemente, sintomas urinários baixos como disúria, polaciúria e urgência miccional. Ao exame físico, é comum a dor à palpação do ângulo costovertebral. Nos casos mais graves, podem surgir sinais de sepse, hipotensão e disfunção orgânica”.
Segundo o profissional, alguns fatores podem agravar o quadro de pielonefrite aguda. “Gravidez (devido ao maior risco de complicações maternas e fetais), obstrução do trato urinário (por exemplo, cálculos), diabetes mellitus, imunossupressão, idade avançada, anomalias anatômicas do trato urinário e infecção por microrganismos multirresistentes”, destacou Wilson Andrade.
O urologista ressaltou que a infecção pode ser confundida com cistite: “Ambas compartilham sintomas urinários como disúria e polaciúria. No entanto, a pielonefrite diferencia-se pela presença de manifestações sistêmicas, como febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor em flanco ou lombar – sinais geralmente ausentes na cistite simples –”.
De acordo com o especialista, medidas preventivas ajudam a reduzir o risco da condição de saúde: “Tratamento adequado das infecções urinárias baixas, evitar retenção urinária, manter hidratação adequada, cuidados de higiene perineal, e, em casos selecionados, a profilaxia antibiótica em pacientes com infecções recorrentes – lembrando que o uso prolongado de antibióticos deve ser criterioso, devido ao risco de resistência bacteriana –”.
Segundo o coordenador de urologia, o tratamento da pielonefrite aguda depende da gravidade do quadro e da presença de fatores complicadores. Em casos não complicados e em pacientes clinicamente estáveis, o tratamento pode ser feito ambulatorialmente com antibióticos orais, desde que a taxa de resistência local seja inferior a 10%. Se a resistência for maior, recomenda-se uma dose inicial de antibiótico parenteral de amplo espectro, seguida por antibiótico oral.
Já os pacientes com doença grave, vômitos persistentes, sepse, gestantes ou com fatores de risco para complicações devem ser internados e tratados com antibióticos intravenosos. A duração do tratamento varia de 7 a 14 dias, conforme a resposta clínica e o perfil do paciente. A ausência de melhora em 48 a 72 horas deve levar à reavaliação diagnóstica, incluindo exames de imagem para exclusão de complicações como abscessos ou obstruções. Em gestantes, a hospitalização e o tratamento parenteral são sempre recomendados, devido ao maior risco de desfechos adversos.
Portanto, a abordagem da pielonefrite aguda deve ser individualizada, levando em conta a gravidade clínica, os fatores de risco presentes e o perfil epidemiológico local.
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