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Christiane Torloni diz que A Viagem foi seu “antídoto para dor”

Artista de 67 anos revelou no Conversa com Bial que teve um impacto de transformação interior ao fazer a novela de Ivani Ribeiro

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        Christiane Torloni relembrou, em conversa com o jornalista Pedro Bial, nesta quinta-feira (10/10), como foi seu processo para o papel de Dinah, no clássico A Viagem, de 1994. A atriz de 67 anos disse que quando leu o roteiro da obra de Ivani Ribeiro, inicialmente apresentada a ela como uma “comédia”, o fato de ter Antônio Fagundes no elenco a motivou a aceitar o trabalho. Por fim, o folhetim a impactou espiritualmente, como ela não imaginava. 

        Christiane estava fora do país quando recebeu o convite para integrar o elenco do folhetim. “Eu estava muito na dúvida, Pedro, se eu ia voltar imediatamente para o Brasil, ou se ia voltar a ser atriz. E eu estava fazendo couting com atores, para as primeiras novelas e séries em Portugal”, contou ela.

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        Christiane Torloni
        Christiane Torloni
        Christiane Torloni e Antônio Fagundes em A Viagem (Reprodução)
        Christiane Torloni e Antônio Fagundes em A Viagem (Reprodução)
        Reprodução
        Reprodução

        Em seguida, Christiane relatou como o amigo Wolf Maya apresentou a proposta da novela. “Wolf me mandou uma sinopse, naturalmente bem editada, escrito assim: ‘olha só a comédia que tá te esperando. Vem, Fagundes vai fazer’”, lembrou a atriz, que causou espanto no apresentador do programa quando citou a palavra “comédia”.

        A famosa complementou dizendo que de fato tem um cunho humorístico em sua personagem. “Realmente, o começo da novela, da Dinah, dessa personagem que vai ser transformada pelo amor, é uma comédia. Ela é engraçada, ela é insuportavelmente ciumenta.”

        Torloni refletiu ainda sobre o impacto que a novela teve, não só no público, mas em sua experiência pessoal. “Eu sabia que nós tínhamos nas mãos uma ferramenta de entretenimento. Mas eu não sabia que a gente tinha uma ferramenta de consolo. E A Viagem, ela é um antídoto para a dor. E foi pra mim. Então passou por mim também, e eu percebi isso em mim”, constatou.

        Ela também analisou o significado e impacto que a obra tem para o brasileiro, levando em conta o sucesso que fez na época. “Ela teve um lugar, e tem até hoje, que as pessoas acalmam seu coração, nas suas fés. O Brasil é um país espiritualista, então foi em cheio”, concluiu.

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