Em uma declaração afiada feita no Instagram, nesta sexta-feira (27/12), o renomado ex-diretor de novelas da Globo, Mauro Mendonça Filho, expressou sua frustração com a falta de investimento em produções baseadas na literatura brasileira. Conhecido por obras como “Travessia” (2022), “Verdades Secretas” (2015) e “O Outro Lado do Paraíso” (2017), ele afirmou que a desconfiança e o receio de prejuízos têm resultado em tramas superficiais e repetitivas.
Mendonça defendeu a importância de se explorar mais “tramas de época”, que oferecem uma narrativa rica e diversificada. Ele elogiou a série “Cem Anos de Solidão”, da Netflix, uma adaptação da obra icônica de Gabriel García Márquez, destacando que a qualidade da produção se deve ao “risco” que a plataforma tomou ao investir em uma história complexa.
Em sua publicação, o diretor afirmou: “A adaptação de Cem Anos de Solidão escancara o absoluto descrédito do audiovisual brasileiro pela própria literatura”. Ele criticou a ideia de que “época não performa”, considerando isso uma justificativa para se manter raso, enquanto o verdadeiro sucesso exige tempo e dedicação.
“A alegação de que ‘época não performa’ no fim das contas é o alibi perfeito para o engajamento no superficial, sob a eterna justificativa de que o sucesso é algo urgente a ser conquistado, como se nunca tivesse sido”, escreveu.
Mauro, que já trouxe para a tela adaptações de Jorge Amado, como Dona Flor e Seus Dois Maridos e Gabriela, é conhecido por seu toque “cult” nas produções. Ele criou cenários únicos, como o inspirado em faroestes para O Outro Lado do Paraíso, que se tornou um grande sucesso. Mendonça foi demitido em fevereiro da e Globo após 40 anos de contrato fixo com a emissora.
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