Mãe de Cazuza relembra conversa sobre sexualidade com o filho: “A vida é minha”
Em participação no Conversa com Bial, mãe de Cazuza compartilhou memórias e falou sobre os lançamentos de livros sobre o filho
Na madrugada desta terça-feira (12/11), Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, participou do programa Conversa com Bial e compartilhou emocionantes lembranças sobre o cantor, incluindo uma conversa sincera sobre a sexualidade do filho, que marcou profundamente a sua relação com ele. A entrevista aconteceu no contexto do lançamento de dois livros que celebram a vida e a obra do cantor, organizados por Ramon Nunes Mello.
Os livros lançados, “Meu Lance é Poesia” e “Protegi Teu Nome por Amor”, apresentam uma vasta coleção de poesias, fotos e histórias de Cazuza. O primeiro livro compila 238 poemas escritos entre 1975 e 1989, sendo 27 inéditos, enquanto o segundo é uma fotobiografia com mais de 700 imagens e depoimentos de amigos. Em meio às memórias compartilhadas, Lucinha relembrava com carinho, mas também com certa tristeza, um momento marcante em que questionou Cazuza sobre sua sexualidade.
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“Ele falou assim: ‘mamãe, eu gosto de meninos e meninas. Agora, não se meta na minha vida, a vida é minha'”, contou Lucinha, refletindo sobre o impacto dessa conversa. “Desde aquele dia eu nunca mais perguntei nada, também se perguntasse levava um fora. Aceitei porque eu queria que ele fosse feliz. Contanto que fosse feliz, eu fiquei feliz junto com ele”, completou a mãe, expressando seu apoio incondicional ao filho, sem jamais querer interferir nas escolhas que ele fez para si mesmo.
Além dessa conversa íntima e reveladora, Lucinha e outros amigos de Cazuza também relembraram histórias divertidas e inusitadas. Dé Palmeira, produtor musical e integrante original do Barão Vermelho, compartilhou uma lembrança divertida de quando a banda foi presa após uma festa. “Demos uma festa de arromba de madrugada, dormi e acordei com uma batida na porta do meu quarto, quando eu abri a porta dei de cara com um trabuco na minha cara”, contou Dé. “O Cazuza, espertamente, tinha ficado no andar superior, eles tiveram lá e não acharam nada! Só uma garrafa de uísque embaixo da cama.”
Apesar da confusão, Cazuza fez questão de acompanhar os amigos até a delegacia, em uma atitude que Dé brincou ser motivada pelo desejo de garantir uma foto icônica. “Na verdade, eu acho que o Cazuza queria um mugshot daqueles, sabe? Ele achou que ia enriquecer a mitologia dele”, disse, referindo-se à ideia de Cazuza adicionar mais uma imagem clássica à sua imagem de ícone rebelde.
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