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No faroeste brasileiro “Oeste Outra Vez”, o drama é quem atira primeiro

Longa vencedor do festival de Gramado chega aos cinemas nesta semana

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          Em um mundo em que as mulheres são escassas, como os homens se comportariam? E mais, imagina este cenário ainda no interior do Brasil. É este o dilema que o diretor Erico Rassi traz em “Oeste Outra Vez”, o faroeste brasileiro que estreia nesta quinta (27/3) nos cinemas. Apesar da forte presença da ação típica do western, neste filme o que mais chama a atenção é o drama dilacerante.

          Logo na primeira cena há uma luta violenta com bastante sangue entre os dois protagonistas, Seu Totó (Ângelo Antônio) e Seu Durval (Babu Santana). Neste momento, vemos, de costas, a única personagem feminina da trama. Até o final, não se ouve nem uma mísera voz feminina.

          Veja as fotos

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          O motivo da briga entre os dois protagonistas é uma disputa de amor. O personagem de Babu é o atual namorado da ex de Seu Totó. Estas encruzilhadas românticas marcam o filme, sendo pano de fundo para o tema principal: a solidão e vulnerabilidade dos homens.

          Gravado no interior de Goiás, a fotografia de “Oeste Outra Vez” é um show a parte. Não a toa foi premiada como a melhor no Festival de Cinema de Gramado de 2024, premiação que também levou em Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante com Rodger Rogério.

          O cenário é abundante, mas também limitante. As belas paisagens naturais contrastam com a pobreza da população, que vive uma vida simples. Embora alguns personagens possuam celular, a arquitetura é improvisada e com alguns itens do passado, como uma saudosa televisão de tubo.

          Outro aspecto técnico de se elogiar é o ótimo som. Por muitas vezes, pelos diálogos serem conduzidos por homens mais “brutos”, a conversa não se desenrola muito. O vácuo de silêncio constrangedor é muito bem executado, além dos barulhos da natureza.

          O roteiro poderia ser uma característica negativa do longa, mas é de uma delicadeza enorme. Já metade dos personagens são assassinos de aluguel. Ou seja, resolvem no braço ao invés das palavras. E os diálogos mais impactantes de “Oeste Outra Vez” vem justamente deles.

          O personagem de Rodger Rogério é um mercenário veterano, que aprende com Seu Totó a colocar seus sentimentos mais escondidos para fora. Já que nunca amou de verdade uma mulher.

          Pelas conversas fracas e o faroeste em segundo plano, o filme demora para pegar no tranco. Mas vale a pena a espera. O final é um verdadeiro soco no estômago. Não como na primeira cena, mas com o drama atingindo seu ápice, e sem exageros.

          Nenhum dos personagens chora, apenas aceita a sua realidade e usa expressões faciais ou palavras rasas para dimensionar os sentimentos. “Oeste Outra Vez” é a prova de que o que não é falado pode ser muito mais forte do que aquilo que é dito. Apesar de parecer um mundo distante, o sopro de realidade vai atingir cada um dos espectadores.

          Nota: 8,0

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