Saiba como será o desfile em homenagem a Adriano Imperador no Anhembi
O ex-jogador carioca vai ser uma das atrações no Carnaval paulistano
Futebol e Carnaval combinam bastante, não à toa o esporte já foi várias homenageado na avenida, sendo a vez de Adriano Imperador ser tema no carnaval paulista. O ex-craque de Flamengo, Inter de Milão e Seleção Brasileira será homenageado pela Camisa Verde e Branco, no Sambódromo do Anhembi com o samba-enredo “Adenla, o Imperador nas Terras do Rei”, que vai homenagear o ex-jogador e reis africanos.
Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval em São Paulo começam a desfilar nesta sexta-feira (9/2), a partir das 23h15, sendo a vice-campeã do Grupo de Acesso em 2023, Camisa Verde e Branco, a primeira a entrar na avenida.
O Imperador nas terras do rei
O enredo do desfile que vai ao sambódromo foi assinado pelo carnavalesco Renan Ribeiro, que além de Adriano Imperador, tem o orixá Oxóssi como principais homenageados. O ex-jogador já compareceu aos ensaios e se mostrou empolgado com o desfile.
Em entrevista à CBN, Renan Ribeiro explicou a relação entre os dois personagens homenageados, destacando que “Didico”, como o ex-jogador é conhecido, “fura a bolha da comunidade dele e se tornou Imperador no continente que escravizou o povo preto e colonizou o país dele”, comparou, sobre o apelido que Adriano recebeu na Itália.
Segundo o carnavalesco, o orixá teria sido um caçador que, um dia, se tornou Rei das terras de Ketu, na África, e essa ascensão cria uma “memória genética”, transmitida de geração para geração.
“A síntese do enredo é: Adriano, assim como muitos pretos e pretas das favelas, carrega no sangue a nobreza africana e carrega na cabeça a coroa”, completou Renan.
As torcidas, os times e o Carnaval
Em São Paulo, muitas escolas de samba carregam proximidade com torcidas organizadas dos clubes, inclusive no nome, como é o caso da Independente Tricolor e Dragões da Real, que são ligadas à organizadas do São Paulo e a Mancha Verde, ligada à principal torcida do Palmeiras e com relações anteriores com a própria diretoria do clube.
A Camisa Verde e Branco é uma escola de samba da Barra Funda, carrega as cores alviverdes do Palmeiras mas, curiosamente, não tem ligação com o Porco e sim com o arquirrival Corinthians.
De acordo com Fábio Parra, integrante da SASP (Sociedade Amantes do Samba Paulista), a agremiação teria sido presidida por uma família corintiana na década de 80, além de ser escola madrinha da Gaviões da Fiel, principal organizada do Timão que veta as cores alviverdes em sua quadra, com uma exceção: a Camisa Verde e Branco.
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