IML conclui causa da morte de Juliana Marins em vulcão na Indonésia Boletim aponta evolução no estado de saúde do Padre Omar após acidente Advogado de Dona Ruth esclarece acordo com familiares das vítimas de acidente
IML conclui causa da morte de Juliana Marins em vulcão na Indonésia Boletim aponta evolução no estado de saúde do Padre Omar após acidente Advogado de Dona Ruth esclarece acordo com familiares das vítimas de acidente

Opinião: Bella Campos merece mesmo uma nota zero como Maria de Fátima de “Vale Tudo”?

Existem atrizes da mesma geração mais tecnicamente preparadas e com carreiras consolidadas na dramaturgia, mas, isso não significa que ela mereça o massacre público que vem sofrendo

Whatsapp telegram facebook twitter

*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          A atuação de Bella Campos como Maria de Fátima no remake de “Vale Tudo” tem sido alvo de críticas intensas — a mais radical delas, publicada pelo jornal “O Globo”, atribuiu nota zero à atriz. Mas será que essa avaliação extrema se sustenta?

          É inegável que existem atrizes da mesma geração, como Giullia Buscacio ou Valentina Herszage, mais tecnicamente preparadas e com carreiras consolidadas na dramaturgia. No entanto, isso não significa que Bella esteja fazendo um trabalho ruim ou que mereça o massacre público que vem sofrendo.

          O principal ponto que muitos críticos e parte do público parecem ignorar é a transformação proposta pela autora Manuela Dias para a personagem. A Maria de Fátima de 2025 não é a mesma de 1988. No remake, a personagem ganhou contornos de uma “periguete” assumida: mais debochada, fria, autoconfiante e dona de si. Essa construção não é responsabilidade de Bella, mas sim uma escolha da autora e da direção artística.

          Nesse contexto, Bella está entregando exatamente o que foi proposto: uma Maria de Fátima menos ambígua, mais direta, mais sedutora e, principalmente, mais calculista. Ela não está tentando reproduzir o que Glória Pires fez na versão original — o que seria um erro —, mas sim oferecer uma releitura contemporânea, alinhada ao texto e ao tom que Manuela Dias imprimiu à obra.

          É importante separar a avaliação da atriz da rejeição à personagem. Muita gente não gostou dessa nova Maria de Fátima, mas isso não significa que a atriz seja fraca ou inábil. O problema, para quem está incomodado, está no texto, na proposta dramatúrgica — não na execução de Bella.

          Além disso, o volume de ataques direcionados à atriz parece desproporcional e, em parte, motivado por fatores extrínsecos ao seu desempenho. Bella não é considerada uma figura especialmente carismática pelo público ou pela imprensa, e sua escolha para o papel mais cobiçado do remake parece ter amplificado as reações negativas. Em outras palavras: o hate vai além da tela.

          Claro, Bella Campos pode não ser a melhor atriz da sua geração — e ela mesma, em entrevistas, admite que ainda está em processo de amadurecimento artístico. Mas dizer que está “destruindo” a novela ou que não está à altura do papel é injusto. Ela está longe de comprometer a produção. Está entregando uma interpretação coerente com a personagem que lhe foi proposta.

          Por fim, é fundamental que separemos crítica construtiva de linchamento virtual. Não gostar de uma abordagem é legítimo; transformar isso numa campanha de desqualificação pessoal, não.

          Em resumo: Bella Campos não é Glória Pires, nem precisa ser. Está fazendo o que foi pedido — e está fazendo bem. O que incomoda, no fundo, não é tanto a atriz, mas a nova Maria de Fátima. E essa é, sobretudo, uma escolha de roteiro, não de interpretação.

          Fique por dentro!

          Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.

          Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.

          Whatsapp telegram facebook twitter