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Análise: Fórmula de homenagens do “Altas Horas” está repetitiva e desgastada

Os "especiais" do programa de Serginho Groisman viraram rotina e estão deixando a atração sempre igual

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          O que antes era uma exceção virou rotina no “Altas Horas”: as infinitas homenagens e programas especiais estão deixando a atração de Serginho Groisman repetitiva e desgastada. Não há mais conversa sobre assuntos triviais, quadros interessantes ou novidades; o “Altas Horas”, agora, parece sempre o mesmo programa todo sábado; só muda o homenageado. Chato toda vida.

          O apresentador ficou conhecido na TV por misturar tribos e dar voz aos mais jovens. E foi assim que o “Altas Horas” se firmou como um programa inteligente, diferente e cheio de personalidade. De uns tempos para cá, no entanto, passou a exibir vários “especiais” iguais.

          Em maio, Serginho recebeu mães e filhos para uma atração de dia das mães e em agosto fez o mesmo com os pais. Também juntou Chitãozinho e Xororó com a orquestra de São Paulo. Depois fez ainda um programa especial com o É O Tchan e com a Xuxa. Aliás, em um ano, ela foi “homenageada” duas vezes. O formato ficou repetitivo, saturou e o “Altas Horas” perdeu a sua identidade.

          E ao que tudo indica, o “Caldeirão com Mion” também está bebendo na mesma fonte e indo pelo mesmo caminho. No próximo sábado, 16/11, o programa será inteiramente dedicado à música com o “Especial Setlist”, formato que se consagrou no programa no último ano após receber nomes como Djavan, Fábio Junior, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Desta vez, Gilberto Gil será o homenageado por Marcos Mion.

          O pai de Cleo Pires e Fiuk, inclusive, já recebeu homenagem também do “Altas Horas” e do “Som Brasil”, que é o programa ideal e devido para esse tipo de “especial”.

          O “Caldeirão com Mion” e o “Altas Horas” estão invadindo uma seara que não é a deles desnecessariamente e perdendo a identidade original dos programas. No caso de Serginho Groisman, o público quer ver bate-papo, novidades, jovens pagando mico, Laura Müller falando sobre sexo (que pecado ela estar fora do programa!) e uma atração musical ou outra. Queremos de volta a vida inteligente na madrugada.

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