Remake de “Vale Tudo” terá “cheiro vintage”: “A essência da obra está preservada”
Manuela Dias afirma que a nova versão da novela das nove da Globo terá um toque nostálgico com as atualizações importantes para os dias de hoje
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A contagem regressiva para a estreia do remake de “Vale Tudo” já começou, e as expectativas só aumentam. Em um primeiro encontro virtual com a imprensa, realizado nesta terça-feira, dia 25, a autora Manuela Dias e o diretor artístico Paulo Silvestrini falaram sobre a nova versão da novela das nove da Globo, garantindo que a essência do clássico de 1988 será preservada, mas com atualizações importantes para os dias de hoje.
Segundo Manuela Dias, a nova novela das nove da Globo terá um toque nostálgico, um verdadeiro “cheiro vintage”, mas será acessível tanto para quem acompanhou a versão original quanto para o público que terá contato com a trama pela primeira vez.
“Para quem não viu, as histórias são vivas e, depois de 37 anos, a nossa expectativa é de que 40% do público terá tido contato com a obra original. Mas a novela é feita para todos. É uma chance incrível, atualizada, com esse cheiro vintage compondo com todos os setores. Para quem viu, é como reencontrar um amigo: ele continua sendo seu amigo, mas o tempo fez o seu trabalho”, disse ela.
Já o diretor artístico Paulo Silvestrini reforçou que os personagens e a trama seguem intactos, mas com pequenos ajustes que trarão ainda mais camadas à narrativa: “A essência da obra está preservada. A trama e os personagens estão ali, e brindamos o público com pequenas homenagens para os fãs da obra de 1988. Para quem não conhece, é a oportunidade de estar em contato com a expressão máxima do gênero”.
Uma das mudanças mais significativas da nova versão de “Vale Tudo” está no elenco e na representatividade. Taís Araújo assume o papel de Raquel, protagonista originalmente interpretada por Regina Duarte, e Bella Campos dará vida à ambiciosa Maria de Fátima, papel que foi de Glória Pires na primeira versão.
Para Manuela Dias, essa escolha reforça um olhar mais atento às questões sociais, algo que sempre esteve presente na essência da novela. A autora destacou que, para ela, Raquel sempre foi negra, mesmo na versão original: “Para mim, a representatividade sempre foi central. A dramaturgia tem que servir de ferramenta para transformação social. Contar histórias serve para estruturar teia de valores. Em 1988, fazia sentido ter apenas dois negros na novela, até porque o nosso olhar não permitia enxergar diferente disso”.
Sobre a mudança da personagem Maria de Fátima, Manuela explicou que isso não interfere na relação entre a vilã Odete Roitman e sua pupila ambicios.: “Eu defendo que a Odete Roitman é pragmática. A vilã se adapta ao que funciona para ela. E a Maria de Fátima funciona para ela, e vai além da sua cor de pele”, completou.
A nova versão de Vale Tudo chega com a missão de honrar um dos maiores sucessos da história da TV brasileira, trazendo elementos nostálgicos para os fãs da versão original, mas com ajustes necessários para refletir os tempos atuais. Com a estreia marcada para o dia 31, a novela promete reacender a discussão sobre ética, ambição e valores morais, mantendo a essência da obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, enquanto se adapta à nova realidade da sociedade brasileira.
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