“A Hora do Mal” é o melhor do terror do ano justamente por não se levar a sério
Longa de Zach Cregger faz rir e aterroriza ao mesmo tempo em um ritmo controlado
*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

Ainda estamos em agosto, mas o título de melhor filme de terror do ano parece já estar entregue. “A Hora do Mal”, que estreou nesta quinta-feira (7/8) nos cinemas, entrega tensão e sustos na medida certa, mas também faz gargalhar em mais um acerto do diretor Zach Cregger.
O longa conta a história do desaparecimento misterioso de 17 crianças da mesma sala de aula, com exceção de apenas um aluno. A professora Justine, interpretada lindamente por Julia Garner, chega na escola e toma um susto com apenas a presença do jovem Alex Lily.
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O primeiro arco do filme mostra um bom suspense psicológico envolvendo a investigação, em que os pais dos 17 desaparecidos voltam sua atenção à professora. Apesar de ainda não termos tido contato com o sobrenatural, o clima sempre é de apreensão e que algo que não sabemos está rondando as cenas.
O filme conta com pouco mais de duas horas e se destaca por não ter pressa de destrinchar a história. O roteiro se divide em seis arcos, que vai vagarosamente contando detalhes novos e dando novas perspectivas dos acontecimentos.
A primeira metade é muito bem executada e controla o ritmo, distribuindo bem os sustos (que são poucos, mas assustam demais!). Além de tecnicamente o filme beirar o impecável, há vários acontecimentos que permeiam a história. O medo e o terror estão em tudo.
Quando o filme começa a chegar na fase de explicação do desaparecimento de todos os estudantes, é quando muda de chave. O terror correto dá lugar a uma comédia besteirol deliciosa. Você vai gargalhar de doer nos últimos 20 minutos.
A explicação não dá maiores detalhes. Não busca dar um sentido. E nem dar lição de moral. Você fica imobilizado pelo quão macabra a história é, e, no final, descobre que aquilo tudo não teve um fim nobre ou um final feliz.
Além disso, não buscou manter a postura até o final. O filme se permite ser engraçado e quebrar o ritmo quando quis. “A Hora do Mal” é, acima de tudo, cinema puro.
Nota: 9,0
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