Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos
A informação foi confirmada por Babi Cruz, mulher do sambista

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O sambista Arlindo Cruz faleceu aos 66 anos nesta sexta-feira (8/8), após anos de luta contra as sequelas de um AVC sofrido em 2017. O cantor e compositor, conhecido por sucessos como "Coisinha do Pai" e por sua atuação no grupo Fundo de Quintal, deixou um legado marcante no samba, com composições para diversas escolas e indicações ao Grammy Latino. A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório e sepultamento.
O Brasil se despede, nesta sexta-feira (8/8), de um de seus maiores sambistas. Morreu, aos 66 anos, Arlindo Cruz, cantor, compositor e músico que marcou gerações com seu talento incomparável e sua devoção ao samba.
A informação foi confirmada por Babi Cruz, mulher do sambista.
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O artista passou por um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017, após passar mal em casa. Na ocasião, ele ficou um ano e meio internado. Longe dos palcos, ele voltou a ter várias passagens no hospital.
Figura respeitada por sua generosidade, lealdade à cultura popular e ligação espiritual com o samba e com o candomblé, Arlindo Cruz foi mais do que um músico: é considerado um elo entre o passado e o futuro do samba.
A data e os detalhes do velório e sepultamento ainda não foram divulgados pela família.
Trajetória marcada por sucesso
Nascido em 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho deixa a esposa, Barbara Cruz, conhecida como Babi Cruz, com quem era casado desde 2012, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz.
Arlindo Cruz iniciou sua trajetória musical no tradicional grupo Fundo de Quintal, onde logo se destacou pelo domínio do banjo e pela criatividade como compositor. Sua contribuição ao gênero foi tão rica que se tornou referência inquestionável no universo do samba.
Autor de clássicos como “Coisinha do Pai”, “O Bem, Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar” e “Bagaço da Laranja”, ele colecionou sucessos que atravessaram décadas e tocaram milhões de brasileiros. Sua voz suave, somada à maestria com o instrumento, fez dele um dos pilares do samba contemporâneo.
Ao longo da carreira, Arlindo também se dedicou à composição de sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Sua arte foi reconhecida internacionalmente com quatro indicações ao Grammy Latino entre 2008 e 2016.
Anos com a saúde debilitada
Em março de 2017, Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o afastou dos palcos e comprometeu sua mobilidade, deixando profundas marcas em sua vida e na de sua família. Ainda assim, seu legado continuou vivo, renovado por seu filho Arlindinho, que segue seus passos na música.
O artista passou um ano e três meses internado em um hospital e recebeu alta há quatro anos. Quando estava em casa, seguia com sessões de fonoaudiologia e fisioterapia. Ao longo dos anos precisou ser hospitalizado algumas vezes, sendo a última em julho de 2025.
Sua história virou livro
Em julho de 2025, foi lançado o livro “O Sambista Perfeito”, escrito pelo jornalista Marcos Salles, que reúne 462 páginas com depoimentos de 120 amigos, artistas e familiares, entre eles, Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita e Regina Casé, além de falas do próprio Arlindo registradas antes do AVC.
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