Como é julgado o Festival de Parintins: Critérios, jurados e notas
Reunindo competição e festa, o tradicional evento avalia performance artística, com estrutura reforçada em segurança e atrações

A partir desta sexta-feira (27/6) até domingo (29/6), acontece o tão esperado Festival Folclórico de Parintins, na Ilha Tupinambarana, no Amazonas. A capacidade do Bumbódromo, local onde será celebrado o evento, é avaliada em cerca de 35 mil pessoas. A disputa envolve os bois Garantido e Caprichoso, com apresentações de até duas horas e trinta minutos por noite. E o portal LeoDias te explica como funciona a acirrada disputa e quais são os critérios de avaliação.
A performance é avaliada com base em 21 itens, divididos em três grandes blocos, que são: bloco A, na área musical, com apresentador, levantador de toadas, batucada e marujada; bloco B, na área cênica e coreográfica, com ritual indígena, porta-bandeira, evolução do boi; e bloco C, na área artística, com lendas, alegorias, coreografia, participação da plateia e organização geral.
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A comissão julgadora conta com dez jurados, sendo um presidente e mais três por bloco, vindos de regiões fora da Amazônia, com formação acadêmica ou com extenso saber folclórico. As notas são somadas após o último dia e lidas publicamente na segunda-feira seguinte, segundo a Secretaria de Cultura de Manaus.
Quanto à estrutura de atendimento, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas liberou o Bumbódromo após vistoria nos sistemas de prevenção de incêndio, hidrantes, rotas de fuga e sinalização. Serão 165 bombeiros mobilizados, com simulados de salvamento e atendimento pré-hospitalar na arena e em áreas aquáticas.
Na área da saúde e emergências, serão disponibilizadas equipes médicas e socorristas treinados, inclusive no aeroporto Julio Belém. Se houver necessidade para vítimas graves, também haverá equipe de atendimento rápido.
Atrações
Além de assistir ao duelo dos bois, o festival oferece:
- Tour pelos bastidores, que é agendado pelo portal Cultura do Amazonas dos dias 25 a 28 de junho. Nesses dias, quatro grupos de pessoas visitam cenários e ensaios internos, além de uma apresentação dos estudantes do Liceu Santoro.
- Eventos paralelos, como o Trio Panavueiro, com show de rua diurno; o Panavueiro Fest, com transmissão ao vivo, barraquinhas e palco cultural; e exposições de arte urbana.
- Culinária tradicional, com destaque para tacacá, caldeirada de bodó, tapioca colorida nos tons dos bois e barracas locais. Os guias turísticos recomendam levar dinheiro em espécie por conta da instabilidade nos pagamentos eletrônicos.
- Transporte e hospedagem, com opções que vão de barcos-hotel a voadeiras expressas; ou voos extras. Hospedagens incluem barcos, pousadas e casas de moradores.
Critérios de avaliação detalhados
Segundo a Secretaria de Cultura de Manaus, o apresentador, o levantador de toadas e a marujada ou batucada são avaliados por domínio de palco, afinação, ritmo e participação.
Quanto aos rituais indígenas, elementos folclóricos e a história do boi-bumbá são julgados por fidelidade cultural, expressão cênica e impacto visual.
A coreografia, os figurinos, e a organização geral entram no bloco artístico, com atenção à sincronia, coerência narrativa e envolvimento coletivo.
Impacto econômico e cultural
O evento é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural do Brasil desde 1965 e recebe cerca de 120 mil turistas.
Segundo o prefeito de Parintins, Mateus Assayag, o evento gera mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e movimenta mais de R$100 milhões na economia local e da região. Além disso, mais de R$7 milhões devem ser injetados na infraestrutura e apoio neste ano.
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