30 anos sem Senna: relembre os grandes feitos do rei das pistas
O herói das pistas nos deixou após um acidente trágico na Curva Tamburello, em Ímola, Itália
Não existe um 1º de maio desde o fatídico ano de 1994, no qual Ayrton Senna não seja lembrado e homenageado como o grande tricampeão que foi. Com uma partida dolorosa, o piloto de Fórmula-1 que animou as manhãs de domingo dos brasileiros encerrava sua trajetória na terra há 30 anos. Em sua memória, o portal LeoDias volta ao passado e relembra os grandes feitos do ídolo na carreira.
Exatamente às 9h17, horário de Brasília, a Williams de Senna inexplicavelmente passou reto na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália. Hoje, no mesmo horário, fãs foram até o local do acidente e aplaudiram o brasileiro.
14.17, Imola curva del Tamburello. Il minuto di silenzio prima e gli applausi di migliaia di appassionati poi per ricordare Ayrton Senna e Roland Ratzenberger #SennaSempre pic.twitter.com/pQ5DNw8VYK
— Alberto Sabbatini (@sabbatini) May 1, 2024
Nos 10 anos em que esteve na Fórmula 1, Ayrton Senna conseguiu 41 vitórias, ficando por 80 vezes entre os três primeiros e largando ainda no primeiro lugar por 65 vezes.
Dentre as 161 corridas disputadas, por muitas vezes Senna fez o brasileiro “vidrar” os olhos na TV, enchendo de orgulho o país que, entre os anos 1980 e 1990, vivia em crise financeira e via no esporte um escape para a “agonia” da hiperinflação.
Ayrton Senna do Brasil!
O esporte preferido do brasileiro era ouvir Galvão Bueno gritar “Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!”, seguido do tema da vitória e, ainda, com o piloto pegando a bandeira verde-amarela logo após cruzar a linha de chegada.
Entre os episódios em que este momento se repetiu, poucos emocionaram tanto como as vitórias em São Paulo, no GP do Brasil em 1991 e 1993. Ambas com histórias marcantes.
Com a McLaren dominante no grid, Senna já havia alcançado o bicampeonato mundial, mas nunca tinha vencido no Brasil, e isso se tornou sua obsessão. Em 1991, tudo caminhava para a quebra desse tabu, até o câmbio do carro do piloto o “trair”, com as marchas quebrando uma por uma, sobrando apenas a sexta. Como vencer assim? O piloto explicou:
“É um dia que vai ficar na minha memória por toda a minha vida. No início, tivemos problemas com jogo de pneu (…) E meu problema passou a ser o câmbio (…) de repente eu perdi totalmente a quarta, faltando 20 voltas (…) De repente eu fiquei sem a quinta, sem a terceira, nada funcionou, faltando oito voltas para o final e a única marcha que entrou foi a sexta e aí eu coloquei a sexta e fui em sexta”.
Rei da chuva
Passados dois anos, com um equipamento inferior, foi o talento de Ayrton Senna na chuva que o fez ganhar novamente no Brasil, em um momento emocionante, onde o piloto supera o que ele chamou de carro “de outro mundo” das Williams, cruza em primeiro e vê Interlagos ser tomada pela multidão de brasileiros que invadiram a pista.
Aquele é um dos grandes momentos da história na Fórmula 1, que ficou conhecida como a volta mais longa de consagração de um piloto após uma vitória, onde Ayrton Senna, nos braços do povo, deixou o seu monoposto no meio da pista, voltou com o carro de segurança e foi cumprimentando a todos que requisitavam sua atenção.
Vale lembrar que Senna ganhou a alcunha de “Rei da chuva” na Fórmula 1, porém sua primeira corrida no kart em pista molhada foi um desastre. Por isso, treinou todos os dias até se tornar o mestre nesta condição.
Senna foi um grande tricampeão, dedicado a sua função, revolucionário como piloto, implementando novidades em um meio que, nos anos 80, ainda caminhava de forma amadora. Por treinar como um atleta, cuidar de sua imagem e ainda se dedicar ao aprimoramento de sua técnica, para muitos (até mesmo quem nunca o viu correr), Ayrton Senna é o maior piloto de todos os tempos.
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