Acusados de assassinar jogador do São Paulo em 2018 são condenados
O principal acusado pela morte foi condenado a 42 anos de prisão em regime fechado
Na quarta-feira (20/3), o noticiário esportivo ficou “inundado” de julgamentos na Justiça, entre eles o “caso Daniel”, referente ao brutal assassinato do ex-jogador de São Paulo e Botafogo, há seis anos. Sete dos investigados enfrentaram o júri popular, sendo Edison Luiz Brittes Junior, réu confesso e principal acusado, condenado há 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado.
O julgamento, em primeira instância, aconteceu no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A sentença foi lida pelo juiz Thiago Flores Carvalho, que conduziu o processo.
Edison Brittes é conhecido como Juninho Riqueza e estava preso preventivamente na Casa de Custódia de SJP desde novembro de 2018. O réu confessou o crime e foi acusado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coação no curso do processo.
A alegação de Juninho é que o atleta teria tentado estuprar sua esposa, porém essa versão foi descartada pela Polícia Civil e Ministério Público do Paraná (MP-PR). Na época, Daniel atuava pelo São Bento (SP), e foi encontrado parcialmente decapitado e com o órgão genital decepado, em 27 de outubro de 2018, perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Os outros acusados
Além de Juninho, foi condenada Cristiana Rodrigues Brittes, esposa de Edison, que deverá cumprir 6 meses de detenção e 1 ano de reclusão. Ela foi acusada de homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.
Também foi condenada Allana Emilly Brittes, que deverá cumprir pena de 6 anos, 5 meses e 6 dias de reclusão. A filha de Cristina e Edson Brittes respondeu por coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.
Já os outros quatro investigados não foram condenados.
Relembre o caso
Tudo aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha do empresário Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do dia seguinte na casa dos Brittes.
Edson confessou a participação no assassinato de Daniel e alegou, em depoimento à polícia, que o atleta tentou estuprar a esposa dele, Cristiana Brittes, e que matou o jogador “sob forte emoção”.
Antes de ser agredido e morto, ele trocou mensagens e fotos com um amigo em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes. Dois dias após o crime, Edison Brittes marcou um encontrou em um shopping de São José dos Pinhais para, segundo a denúncia, coagir testemunhas. A reunião foi registrada por câmeras de segurança.
No inquérito concluído pela Polícia Civil, o delegado Amadeu Trevisan afirmou que não houve tentativa de estupro por parte do atleta contra Cristiana. Além disso, o delegado disse que Cristiana e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.
O delegado disse também que a vítima não teve como reagir à agressão que sofreu dentro da casa, pois Daniel estava muito embriagado. De acordo com um laudo pericial, o jogador apresentava 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue e não estava sob efeito de drogas.
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