Atentado contra CT do Palmeiras deixa clube em alerta e mobiliza polícia; entenda
Presidente Leila Pereira classificou ação como "atentado terrorista" e confirmou investigação policial
O Centro de Treinamento do Palmeiras, localizado na Água Branca, Zona Oeste de São Paulo, foi alvo de um ataque na madrugada deste domingo (10/8). Vândalos não identificados lançaram bombas e rojões dentro das dependências do CT, que estava em regime de concentração para o jogo contra o Ceará pelo Campeonato Brasileiro. Ninguém ficou ferido.
Imagens das câmeras de segurança mostram pelo menos cinco pessoas encapuzadas e usando capacete chegando ao local por volta das 2h. O grupo arremessou os artefatos explosivos dentro do centro de treinamento, provocando chamas, fumaça e explosões, antes de fugir do local rapidamente. Outra câmera registra a chegada do grupo em um carro escuro, que estacionou na Avenida Marques de São Vicente.
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A presidente do clube, Leila Pereira, classificou o episódio como um “atentado terrorista” e informou que o Palmeiras já está em contato com a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência e fornecer as imagens para a investigação.
“Durante a madrugada deste domingo (10), vândalos atacaram covardemente a Academia de Futebol do Palmeiras, colocando em risco a integridade física dos atletas e demais colaboradores do clube que estavam no local em regime de concentração para o jogo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Por sorte, ninguém se feriu”, disse Leila em nota.
Ela também relacionou o ataque a incidentes anteriores de violência no futebol e reforçou a posição do clube diante dos fatos: “Bombas e rojões foram arremessados contra o centro de treinamento do clube, em um atentado terrorista com características similares àquele ocorrido em outubro de 2024, quando marginais já identificados pela polícia assassinaram um torcedor do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias.”.
“O Palmeiras não se intimidará diante dos atos violentos praticados por um grupo de criminosos e irá até o fim para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. O clube já está em contato com a Polícia Civil e registrará Boletim de Ocorrência – todas as imagens registradas pelas câmeras de monitoramento da Academia de Futebol serão disponibilizadas aos investigadores”, reiterou a presidente.
O caso deve ser registrado no 23º Distrito Policial, em Perdizes. Como a delegacia não funciona nos finais de semana, a ocorrência poderá ser feita inicialmente no plantão do 91º DP, Ceasa. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se posicionou.
Neste domingo, o Palmeiras enfrenta o Ceará às 16h no Allianz Parque, na Barra Funda, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Na última quarta-feira (6/8), o clube foi eliminado da Copa do Brasil após derrota por 2 a 0 para o Corinthians em casa, episódio que gerou protestos da torcida.
Leila Pereira criticou ainda a cobertura da imprensa sobre as ameaças que vêm sendo feitas ao clube, afirmando: “Não podemos tolerar, muito menos normalizar, que o futebol se transforme em um ambiente cada vez mais tóxico, em que a paz esteja sob risco permanentemente.
Por fim, ela criticou a abordagem da mídia em relação a pressão que o clube tem sofrido diante dos últimos resultados. “Neste sentido, o clube lamenta a conivência de diversos veículos de imprensa que, desde a véspera do último Derby, vêm dando publicidade – muitas vezes sem qualquer senso crítico – a ameaças feitas por indivíduos violentos que tentam se impor pelo medo”, pontuou.
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