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Brasileirão: Athletico-PR e Atlético-GO se posicionam contra a paralisação por crise no RS

Os clubes rubro-negros deram seu posicionamento em entrevista à ESPN

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          A paralisação do Campeonato Brasileiro não deve acontecer por enquanto, porém as partidas dos clubes do Rio Grande do Sul foram adiadas até o final do mês. A CBF fez o anúncio nesta terça-feira (7/5) e a parada total não foi sancionada por divergências entre os clubes e, segundo a ESPN, Athletico-PR e Atlético-GO foram contra.

          Atlético-MG, Botafogo, Criciúma e Cuiabá, além de Grêmio, Internacional e Juventude, são favoráveis. O Fortaleza declarou que precisa “analisar bem” as condições dos gaúchos para atuarem de forma justa.

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          Veja as fotos

          CT do Internacional alagou por conta de chuvas em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução
          CT do Internacional alagou por conta de chuvas em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução
          CT do Internacional alagou por conta de chuvas em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução
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          Reprodução
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          Bahia, Corinthians, Vasco e Vitória decidiram se manter em silêncio sobre o tema no momento. O São Paulo também não se manifestou sobre a paralisação, porém declarou estar fazendo uma campanha de arrecadação de alimentos, mantimentos e itens de higiene no portão 5 do Morumbis

          Posições contrárias

          O presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, declarou ser “impossível” a paralisação do campeonato por conta da falta de datas no calendário, alegando ainda que todos os clubes serão prejudicados:

          “Impossível [a paralisação do Brasileirão] Além de prejudicar a todos os clubes, não temos datas disponíveis”, disse o dirigente athleticano.

          Já o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, se posicionou contrário e sugeriu que a CBF disponibilizasse a Granja Comary – centro de treinamento da Seleção Brasileira – para os clubes gaúchos de Internacional e Grêmio, e que “o Juventude não está tendo problema, por isso tem treinado”.

          Segundo o dirigente, “em cima de um problema, não podemos criar outro para depois ter jogo em cima do outro igual na época da COVID”, relembrando a época da pandemia onde partidas de futebol tiveram de ser remarcadas por todo Mundo:

          “Acho que é uma catástrofe, algo muito sério. Então, a CBF deveria disponibilizar a Granja Comary para Grêmio e Inter. O Juventude não está tendo problema, então tem treinado. É uma catástrofe, mas penso que, em cima de um problema, não podemos criar outro. Para depois ter jogo em cima do outro igual na época da COVID. Tem soluções para continuar ajudando a resolver o problema com o campeonato em andamento”.

          Pedido pela paralisação total

          Os três clubes gaúchos que estão na Série A do Brasileirão, Grêmio, Internacional e Juventude, enviaram em conjunto um pedido à CBF, por meio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para que o torneio fosse paralisado por 20 dias, por conta da tragédia no Rio Grande do Sul.

          Os presidentes dos clubes explicaram a outros dirigentes que não há nenhuma condição mental para se jogar neste momento, além de argumentarem que não faz sentido adiar as partidas apenas deles.

          O CT Parque Gigante, bem como o estádio Beira-Rio, ambos do Internacional, estão alagados, assim como boa parte de Porto Alegre (RS), devido às fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul há alguns dias.

          O CT Luiz Carvalho e a Arena do Grêmio, arquirrival do Inter, também estão inundados. A água atingiu o complexo gremista e alagou completamente a Rua João Moreira Maciel, onde fica a entrada do centro de treinamento.

          Já o Juventude, que teve uma partida pela Copa do Brasil na próxima sexta-feira (10/5) adiada, chegou a ficar com a delegação ilhada na estrada após não conseguir deixar a cidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha, rumo à capital do estado por conta das inundações.

          Os três times estão com as atividades paralisadas no momento, sendo que Inter e Juventude treinaram no último sábado (4/5), enquanto o Grêmio não tem treino desde sexta-feira (3/5).

          A tragédia que deixou o Rio Grande do Sul em calamidade pública já atingiu 388 cidades do estado, sendo 1,3 milhões de pessoas afetadas com os alagamentos. Até o momento, 90 pessoas morreram, 48.147 pessoas estão em abrigos, 155.741 desalojados e 361 feridos.

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