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Cama dura, comida crua e calor extremo: as fofocas e perrengues da Olimpíada

Alimentação e conforto deixam a desejar em Paris e atletas buscam recursos próprios para "sobreviver" durante a Olímpiada

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          Com um evento de grande porte como as Olimpíadas, algumas coisas podem vir por água abaixo e na luxuosa Paris não foi diferente. Aumento de roubos e falta de estrutura para receber os mais de 10 mil atletas na Vila Olímpica estão gerando polêmica na capital francesa e muitas delegações estão recorrendo a estruturas próprias para “sobreviverem” no local. Saiba agora algumas das fofocas e dos perrengues que as equipes estão passando.

          A começar pela cerimônia de abertura. O metrô de Paris sofreu um assalto dos cabos de funcionamento, deixando a cidade um verdadeiro caos. Com os jogos acontecendo, mais assaltos estão sendo registrados na cidade luz, incluindo até mesmo o ex-jogador Zico, que teve uma pasta com dinheiro em espécie, um relógio Rolex e diamantes furtada, gerando um prejuízo milionário.

          A Vila Olímpica também é outra questão polêmica. O local onde os atletas dormem e se alimentam durante a estadia na cidade está virando uma dor de cabeça. A começar pelas camas “anti-sexo”, por serem feitas de papelão. Inclusive o atleta brasileiro Isaquias Queiroz, da canoagem, reclamou em vídeo nas redes sociais: “A viagem para França foi um pouco cansativa. Principalmente dormir naquela cama da vila olímpica é doído demais. Acho que foi por isso que eu tive dor de cabeça”.

          Veja as fotos

          Divulgação
          Delegação Brasileira ganhou restaurante exclusivo após reclamações da comidaDivulgação
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          Olímpiada de Paris 2024 sofre com falta de estruturaDivulgação

          A situação ficou tão crítica que a delegação sueca comprou colchões próprios para melhorar o sono dos atletas. Outra medida drástica tomada por outra delegação, desta vez da Noruega, foi o pedido de 140 ventiladores. Os quartos da Vila não possuem ar-condicionado e os competidores estão sofrendo com o calor do verão europeu.

          E não para por aí: no primeiro dia de treinos, alguns skatistas foram esquecidos no local, tendo que voltar para a Vila de táxi, após ninguém buscá-los. Do outro lado, alguns esportistas conseguiram um ônibus, mas ele quebrou no meio do caminho e eles saíram pelas ruas de Paris de Skate.

          Fora as camas e o clima, a alimentação virou um perrengue e Paris não está fazendo nenhum jus à culinária reconhecida mundialmente. A promessa de que renomados chefs fariam a comida dos atletas não foi cumprida e pasmem, eles não podem pedir comida por fora, ficando a mercê das refeições de quantidade insuficiente e qualidade duvidosa do restaurante da Vila. O refeitório tem capacidade apenas para cerca de 3 mil pessoas, sendo que foram contabilizados mais de 10 mil pessoas este ano.

          Alguns atletas relataram que as filas para as refeições são gigantescas e que há insuficiência de comidas básicas, escancarando a falta de organização. Em entrevista ao jornal “The Times”, Andy Anson, chefe-executivo da Associação Olímpica Britânica, chamou as refeições da Vila de “buffet de carne crua”: “Não há o suficiente de certos alimentos: ovos, frango, certos carboidratos, e aí vem a qualidade da comida, com carne crua sendo servida aos atletas”, relatou.

          O objetivo da França de tornar esta a Olimpíada mais sustentável da história também não foi uma ideia bem aceita pelos atletas, que sentiram isso no cardápio da Vila: 60% das refeições oferecidas são veganas/vegetarianas.

          Andy ainda relatou que muitos atletas estão indo almoçar e preparar refeições noturnas no alojamento da equipe britânica, em Clichy, comuna francesa. A equipe garantiu essa parte da alimentação separada após as inúmeras reclamações dos atletas. O Brasil também está com um restaurante particular para a delegação.

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