Corte Arbitral do Esporte define últimos detalhes para julgamento de Gabigol
O atleta entrou com pedido para efeito suspensivo, além de um recurso contra condenação
Gabigol está muito próximo de ser julgado. O atacante do Flamengo soube nesta terça-feira (23/4) qual será a composição arbitral que julgará os recursos do jogador contra a condenação de dois anos por fraude em exame antidoping.
O atleta rubro-negro está desde março sem poder jogar e sem poder treinar nos aposentos do Flamengo, mantendo-se em forma com preparadores do clube, mas usando sua própria casa como “centro de treinamento”.
O julgamento
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) terá três árbitros que participarão do julgamento: um indicado pela defesa de Gabigol, outro indicado pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) e outro pelo CAS, que é considerado o presidente da mesa.
O primeiro dos pedidos de Gabigol, o efeito suspensivo no qual tem como propósito anular temporariamente a suspensão, foi enviado um árbitro inglês como representante pela defesa do atacante. A ABCD já havia indicado o seu representante, no último dia 16 e, nesta terça, o CAS indicou o último nome que faltava para o caso ir ao tribunal.
A expectativa de Gabigol, desde o início, é que o julgamento ocorra entre o final de abril e início de maio – ainda não há data marcada.
Se Gabigol conseguir o efeito suspensivo, ele poderá voltar a atuar com a camisa do Flamengo enquanto aguarda o julgamento de outro recurso no qual sua defesa impetrou, este para anular totalmente a condenação.
Caso o recurso contra a condenação seja julgado improcedente, Gabigol terá mais dois anos acrescidos a sua pena.
Em abril de 2023, todo o elenco do Flamengo passou por exames antidoping surpresas no elenco do time profissional. A medida acontece rotineiramente e todos os clubes, eventualmente, passam por estes testes. Na oportunidade, os fiscais responsáveis pelos exames afirmaram que Gabigol, deliberadamente, tentou dificultar o trabalho.
Segundo a denúncia, o atleta teria se recusado a fazer o exame de sangue antes do treino, marcado para a manhã daquele dia, ao contrário de todos os outros jogadores. Além disso, durante o exame de urina, o jogador escondeu sua genitália, algo que não é permitido, uma vez que os órgãos responsáveis precisam averiguar supostas tentativas de fraudar o exame. Gabigol também teria entregue o frasco coletor aberto, o que vai contra as recomendações. A agressividade do jogador com os profissionais também consta na denúncia.
Por conta disso, Gabigol acabou sendo denunciado no artigo 122 do Código Antidopagem Brasileiro que aborda “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”. O jogador “escapou” de pegar uma pena mais pesada, uma vez que poderia ser punido por quatro anos de suspensão.
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