Dirigente que assinou acordo da CBF com STF recebeu mais de R$ 3,5 milhões da entidade
O portal LeoDias obteve documentos que comprovam que Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, recebeu mais de R$ 3,5 milhões da entidade entre 2022 e 2024. O dirigente deixou a entidade em maio de 2022, após a primeira eleição que colocou Ednaldo Rodrigues de forma definitiva no poder

O portal LeoDias obteve acesso a documentos que indicam que Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, recebeu mais de R$ 3,5 milhões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entre 2022 e 2024. O dirigente deixou oficialmente a entidade em maio de 2022, após a eleição que consolidou Ednaldo Rodrigues no comando da instituição. Apesar do desligamento, Coronel Nunes — ex-vice-presidente e ex-presidente interino da CBF — continuou recebendo valores expressivos da entidade mesmo após encerrar suas atividades profissionais.
De acordo com os documentos obtidos com exclusividade pelo portal, os repasses ao ex-dirigente somaram R$ 3.567.720,91 entre 2022 e 2024, sendo a maior parte já após sua saída formal da CBF. Nunes foi um dos cinco dirigentes que assinaram o acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a reeleição de Ednaldo Rodrigues no início deste ano.
Veja as fotos
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, os valores foram transferidos pela CBF para contas jurídicas vinculadas a Nunes. Os documentos mostram que ele continuou recebendo repasses mensais de R$ 100 mil pelo menos até o final de 2023. Após este período, a partir do ano de 2024, não é possível afirmar como a entidade transferia as quantias restantes. Mesmo após deixar a vice-presidência em meados de 2022, ele ainda era descrito nos registros como “vice-presidente”.
O acordo que Nunes assinou com a CBF e a Federação Mineira de Futebol (FMF), homologado pelo STF, foi crucial para garantir a estabilidade política de Ednaldo Rodrigues, validando sua vitória eleitoral de 2022 e possibilitando sua reeleição, ocorrida em março de 2025.
Fontes próximas ao dirigente afirmam que ele não exerce nenhuma atividade profissional na CBF nos últimos anos e vive de forma reclusa em sua residência no Pará. Pessoas ligadas ao meio do futebol relatam que o ex-dirigente raramente responde a contatos e conta com o apoio da esposa e de uma das filhas para se comunicar, quando necessário.
Na última segunda-feira (28/4), a reportagem do portal LeoDias revelou que Coronel Nunes se declarou incapaz em um processo relacionado a descontos na pensão que recebe como ex-policial militar do Pará. Em um laudo pericial de 2023, também anexado ao referido processo, o médico neurologista Jorge Roberto Pagura atestou que Nunes apresenta “quadros de tontura e ataxia com piora recente do déficit cognitivo”.
A filha de Coronel Nunes foi procurada para esclarecer se ele ainda mantém alguma relação profissional com a CBF, mas não respondeu até a publicação desta matéria.
Outro lado
Em resposta aos questionamentos feitos pela reportagem do portal LeoDias acerca dos pagamentos feitos a Coronel Nunes, a CBF afirmou que “todo e qualquer pagamento feito pela instituição na gestão do presidente Ednaldo Rodrigues é feito de acordo com o estatuto, apresentado a auditorias interna e externa e submetido ao controle do Conselho fiscal e da assembleia geral”.
A entidade também afirmou que “nunca houve tanto controle fiscal” quanto na atual gestão. Por fim, a CBF “repudiou veementemente qualquer tipo de alegação falaciosa, leviana e arranjada de pagamentos feitos em desacordo com o estatuto ou com qualquer finalidade que não seja lícita e estatutária”.
Leia a nota na íntegra:
“Todo e qualquer pagamento feito pela instituição na gestão do presidente Ednaldo Rodrigues é feito de acordo com o estatuto, apresentado a auditorias interna e externa e submetido ao controle do Conselho fiscal e da assembleia geral.
Não se paga um centavo em desacordo com o estatuto.
Nunca houve tanto controle e transparência na gestão.
Repudia-se categoricamente e veementemente qualquer tipo de alegação falaciosa, leviana e arranjada de pagamentos feitos em desacordo com o estatuto ou com qualquer finalidade que não seja lícita e estatutária.
E lamenta-se, profundamente, que vozes de mau agouro pretendam, em vão, de forma tola e até pueril, desestabilizar uma gestão que, eleita de forma histórica, já tem alcançado os melhores números na gestão da entidade.”
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