Eleições no Corinthians pegam fogo e torcida protesta contra candidato
Sede do clube amanheceu pichada neste sábado (30/9)
O clima em São Paulo está quente, bem como todo Brasil, mas no Corinthians está pegando fogo. O clube paulista, que acabou de demitir um treinador e passará por eleições em breve, amanheceu com a sede pichada por torcedores que protestam contra Augusto Melo, candidato da oposição.
As acusações dos pichadores são de que Augusto teria sido racista e gordofóbico, por isso não pode assumir o clube, tanto é que as frases mais vistas nas paredes do Parque São Jorge, sede social do clube, foram em referência a isso: “Racista aqui não”; “Augusto Melo Racista”.
Semana tensa
As polêmicas envolvendo Augusto Melo acumularam durante toda a semana. Na terça-feira (26/9), durante o confronto do Corinthians contra o Fortaleza na Sul-Americana, o perfil do candidato à presidência do Timão disparou mensagens criticando um dos principais ídolos da história recente do clube, o lateral esquerdo Fábio Santos.
Entre as críticas, o perfil falou que o Corinthians havia sofrido mais um gol nas costas do “podzinho eletrônico”, uma ironia relacionada ao fato de Fábio Santos ter sido visto fumando um cigarro eletrônico em uma confraternização com o elenco do clube.
Depois disso, Augusto Melo se pronunciou falando que teve sua conta invadida. As polêmicas não pararam por aí, já que o candidato da oposição criticou a contratação de Mano Menezes, novo técnico do Corinthians anunciado na última sexta-feira (29/9), após a demissão de Luxemburgo.
A resposta veio por meio do presidente atual do Corinthians, Duílio Monteiro, que cutucou Augusto: “Para finalizar, ontem vimos o senhor Augusto, candidato a candidato, fazer declarações e atrapalhar o Corinthians. Falou do treinador que foi contratado, que vai dirigir o time que ele pretende presidir, mas também não é novidade, já fez isso com o Fábio Santos, depreciando o patrimônio do próprio clube que ele pretende dirigir”, disse.
Acusações de racismo e gordofobia
Já os protestos que acusam Augusto Melo de racismo e gordofobia remetem a um passado mais distante, lá em 2019, quando o atual candidato à presidência do Corinthians, ainda negociava jogadores para um clube do interior paulista, o União Barbarense.
Na época, Melo e o staff queriam economizar na alimentação dos jogadores e, após reclamações de atletas e comissão técnica, houve acusações direcionadas a uma funcionária do União Barbarense, a cozinheira do clube conhecida como Tia Cida.
Em áudios vazados em um grupo de WhatsApp, agentes e o próprio Melo fazem ofensas a Tia Cida, inclusive com racismo e gordofobia: “gordona negrona”; “tenho vontade de mandar tomar no c# essa nega”, entre outras frases insultantes que é possível ouvir nos áudios. Daí vem os protestos da torcida corinthiana.
O Corinthians tem um histórico de apoiar lutas sociais, como a Democracia Corinthiana, movida por ídolos do clube como Sócrates e Casagrande em apoio às Diretas Já, em 1984. A popular segunda camisa do clube, preta com listras brancas, surgiu como um protesto ao racismo que deixou o clube fora do Campeonato Paulista de 1915 e é usada até os dias de hoje.
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