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Em meio a críticas, presidente da CBF fala sobre arbitragem: “Não está 100%”

Em entrevista, Ednaldo Rodrigues deu razão para questionamentos sobre a atuação dos árbitros brasileiros

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          A arbitragem brasileira está gerando cada vez mais questionamentos por parte de clubes e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deu declaração forte sobre o tema, reconhecendo que o trabalho dos árbitros não está 100%, mas também questionou as críticas usadas como cabide para explicar resultados negativos.

          Ednaldo Rodrigues afirmou que a “arbitragem sempre vai estar dentro dos questionamentos”. De acordo com ele, também há aqueles que “buscam na arbitragem uma satisfação ou explicação para insucesso”:

          “Arbitragem sempre vai estar dentro dos questionamentos. Primeiro, é uma cultura do futebol no mundo. As pessoas às vezes buscam na arbitragem uma satisfação ou explicação para insucesso. Mas existe, sim, pertinência nas reclamações deles (treinadores e presidentes de clubes). Isso é inegável. A gente não pode dizer que está 100%. Não está. Temos trabalhado para que pudesse estar. Foram dois anos de investimentos pesados na arbitragem para que pudesse ter uma resposta condizente com o investimento”, disse o dirigente, em entrevista ao UOL, depois da assembleia que aprovou as contas da CBF.

          Veja as fotos

          Ednaldo Rodrigues. Foto: Reprodução
          Ednaldo Rodrigues. Foto: Reprodução
          Ednaldo Rodrigues. Foto: Reprodução
          Ednaldo Rodrigues. Foto: Reprodução
          Sede da CBF. Foto: Reprodução
          Sede da CBF. Foto: Reprodução

           

          Comissão de arbitragem

          Um dos principais questionamentos que têm surgido é sobre a comissão de arbitragem na qual a CBF gerencia, onde o chefe é o ex-árbitro Wilson Seneme. 

          Ednaldo elogiou a qualificação da comissão, porém detalhou que “ainda tem muito por acontecer de trabalho na arbitragem para estarem preparados para acompanhar a evolução dos atletas”, apontando ainda que há reclamações pertinentes:

          “Tem uma comissão de arbitragem qualificada, que busca a todo instante estar reunida com membros da Fifa. O tempo todo passando situações que possam estar ouvindo clubes e federações. Não minimizo. Sei que ainda tem muito por acontecer de trabalho na arbitragem para estarem preparados para acompanhar a evolução dos atletas, exigem um rendimento maior físico e disciplinar. Estaremos sempre ouvindo os presidentes e treinadores. A gente coloca: vamos ter que melhorar. Tem reclamações que são pertinentes. Procuro respeitar, trabalhar e tirar proveito desse trabalho e das críticas que têm acontecido”.

          Seneme teve um áudio vazado onde cobra companheiros pela não expulsão de Paulo Henrique Ganso, no clássico entre Fluminense e Vasco, no último dia 20 de abril. Entre as palavras, o principal questionamento está sobre como a sua imagem fica perante a CBF.

          Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN, também teve um áudio vazado e nele detalha que o chefe da arbitragem da CBF “só se preocupa com ele” e “não entende de futebol”. 

          As críticas à atuação do chefe de arbitragem são várias e vem se amontoando já há algum tempo. Na última delas, o treinador Renato Gaúcho esculachou Seneme em coletiva após a derrota do Grêmio para o Bahia, quando retirou seus atletas e comissão técnica do banco de reservas: “Toma vergonha na cara”, disse o comandante gaúcho.

          Aliás, Ednaldo Rodrigues comentou a polêmica que envolve esse caso, onde o treinador do Imortal questionou o fato de Jailson Macedo Freitas, delegado da partida, estar no campo de jogo mesmo sendo da Federação Bahiana de Futebol (FBF) e supostamente ter indicado ao quarto árbitro uma expulsão injusta do atacante Diego Costa.

          “A CBF faz um trabalho na arbitragem. A comissão escala os árbitros. O delegado de um jogo é pela federação, que é a representante da CBF em cada estado. O Jailson é pela Federação Bahiana. O vice-presidente da Ferj é também delegado de jogo. Ele faz um trabalho importante. Isso vai da confiança de cada federação nas pessoas que elas escalam”, disse Ednaldo, que ainda completou sobre uma possível interferência:

           “Na questão de o delegado ter interferido ou não, eu prefiro deixar para o STJD, é onde cabe apurar todos os fatos. Se tiver razão, que puna os que estavam na situação de conflitar uma partida”.

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