Messi detona PM do Rio e acusa perseguição brasileira aos argentinos
O craque fez questão de falar sobre a pancadaria nas arquibancadas
A vitória argentina no Maracanã foi histórica, porém a pancadaria generalizada antes do jogo, ainda durante o hino, ofuscou a atuação dos Hermanos em campo. Lionel Messi, líder da seleção, fez questão de se posicionar sobre o acontecido, deixando claro sua crítica à polícia e acusou que os argentinos estariam sendo reprimidos no Brasil.
Capitão da seleção argentina, Messi foi quem se posicionou para a retirada de campo da Argentina quando torcedores de ambas as seleções começaram um confronto nas arquibancadas e a PM teve de intervir. Com a segurança comprometida, o jogador serviu como o líder que decidiu sobre a volta dos jogadores argentinos.
Pancadaria pré-jogo
O confronto entre argentinos e brasileiros acabou sendo previsível, por conta da não divisão de torcedores nas arquibancadas. As tensões entre os países vizinhos vem aumentando nos últimos anos e episódios de tensão começaram a se tornar habituais, como os inúmeros crimes de racismo sofrido por brasileiros em partidas na Argentina e a violência entre torcedores de Boca e Fluminense que tomou conta do Rio de Janeiro na semana da final da Libertadores.
Nesta terça (21/11), à medida que as seleções se perfilavam para a execução do hino nacional, torcedores de ambos os lados começaram a trocar socos e pontapés, quando o Maracanã em peso começou a vaiar o hino argentino.
Foram cerca de três minutos até a Polícia Militar interferir no confronto, segundo relatou o repórter da Globo no estádio, Eric Faria. Depois de algum tempo, a briga foi controlada com muita confusão, crianças chorando, torcedores invadindo o campo e até jogadores indo acalmar, logo antes de se retirarem de campo até que a segurança fosse restabelecida.
“Vimos como reprimiram”
Mesmo com a saída de campo, os argentinos voltaram para disputar a partida e, graças ao gol de Otamendi, fizeram história ao impor ao Brasil a primeira derrota em casa nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Messi, apesar de comemorar bastante o feito épico, tratou de criticar bastante a pancadaria pré-jogo:
“Vimos como estavam batendo nas pessoas. Vimos já como reprimiram na final da Libertadores [Fluminense x Boca Juniors], batendo com os cassetetes. Havia jogadores que tinham familiares ali. Pensamos em todos, claro. Pensamos nas famílias que não sabiam o que estava acontecendo, e um jogo chegar a esse ponto, fica secundário”, declarou o jogador, sobre a posição de sair de campo.
De acordo com Messi, a vitória histórica ficou marcada pela “repressão aos argentinos mais uma vez no Brasil”. O jogador argentino fez questão de enfatizar que “isso não se pode tolerar, é uma loucura que tem que terminar já!”.
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