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Ministério do Esporte se pronuncia após policial atirar em jogador no Goiás

O goleiro Ramon Souza, do Grêmio Anápolis, foi covardemente atingido por um tiro de bala de borracha disparado por PM

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          Um dos jogadores do Grêmio Anápolis, clube da segunda divisão do Goiás, foi acertado por um policial com um tiro de bala de borracha na perna e o Ministério do Esporte repudiou a ação truculenta, a qual foi classificada pelo órgão como “desproporcional e violenta”.

          “A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada”, diz trecho da nota.

          Segundo o Ministério, a conduta do policial vai contra princípios básicos de segurança e integridade física na qual um agente de segurança se compromete, além de todos os envolvidos com o esporte.

          O episódio violento aconteceu após o final da partida, no qual o Grêmio Anápolis perdeu por 2 a 1 para o Centro-Oeste, pela 12ª rodada da Série B do Goianão. Em um bate-boca formado na lateral do campo, o policial sacou a arma e atirou na perna de Ramón Souza com uma bala de borracha.

          O goleiro foi atendido na ambulância ainda dentro do estádio e teve um corte profundo na coxa que, segundo o médico do clube, causou uma lesão na coxa e outra muscular:

          “Ele teve uma lesão na face anterior da coxa e perdeu um pouco de pele. Tem um pouco de lesão muscular também. Além de uma perda de pele central, ele também teve pele desvitalizada por temperatura, com queimadura de terceiro grau no entorno da lesão. Fizemos uma limpeza meticulosa da ferida, lavamos com bastante soro e tiramos as fagulhas de borracha”, declarou o médico Diego Bento.

          Veja as fotos

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          Vinícius Canuto/ Divulgação
          Vinícius Canuto/ Divulgação
          Vinícius Canuto/ Divulgação
          Vinícius Canuto/ Divulgação

          Medidas legais

          Em nota, a Polícia Militar declarou que o tiro foi feito com uma bala de borracha, que é menos letal e não compactua com qualquer desvio de conduta, além de declarar que será aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos.

          Segundo Emilli Bailoni, delegada plantonista, a ocorrência foi registrada na Central de Flagrantes, sendo solicitado um relatório médico de Ramón Souza e então irá se prosseguir com a investigação pela Polícia Civil.

          Em nota, o Grêmio Anápolis repudiou o “lamentável, ridículo, revoltante acontecimento”, classificando-o como um crime. O clube ainda afirmou que tomará as “medidas cabíveis” para que esse “ato CRIMINOSO, não fique impune”.

          Leia a nota do Ministério do Esporte na íntegra

          É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada. Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte.

          Nos solidarizamos com o jogador, vítima desta ação desmedida, e com toda a equipe do Grêmio Anápolis, que presenciou e sofreu os impactos deste ato de violência. É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos, garantindo que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos.

          Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol.

          Por fim, destacamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente seguro e justo para todos os profissionais e amantes do esporte. Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas, reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso.

          Leia a nota do Grêmio Anápolis na íntegra

          O Grêmio Anápolis vem a público repudiar o lamentável, ridículo, revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte, na noite desta quarta-feira (10). Após o final da partida contra a equipe do Centro Oeste, nosso goleiro Ramón Souza foi atingido de forma covarde por um tiro de bala de borracha, efetuado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).

          Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte.

          O dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido.

          O GEA informa que entrará com medidas cabíveis, para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato CRIMINOSO, não fique impune.

          Nosso goleiro foi atendido em campo pelo médico do GEA, Dr. Diego Bento, que dentro da UTI móvel realizou os primeiros socorros.

          Leia a nota da Polícia Militar na íntegra

          A Polícia Militar informa que, diante do ocorrido no final da partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor.

          Ressaltamos que o disparo efetuado foi feito com munição de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, armamento menos letal.

          A Polícia Militar de Goiás reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.

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