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Acusada de abandono materno por competir, atleta desabafa sobre ex: “Tenta boicotar”

Atleta afirma que o genitor usa as viagens que ela faz pelo esporte para fazer "terrorismo judicial"

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          Flávia Maria de Lima, a atleta de atletismo acusada pelo ex-marido de abandonar a filha devido aos treinos para as Olimpíadas, fez um forte desabafo sobre sua trajetória como atleta e mãe. Em entrevista ao UOL, desta quinta-feira (1º/8) Flávia revelou que o genitor da sua filha de 6 anos de idade faz de tudo para atrapalhar a carreira dela, assim como os seus resultados.

          Ela, que vai correr 800m rasos na Olimpíada de Paris, lamenta que seu marco olímpico tenha se tornado um risco sério: “Por causa disso, eu posso perder a guarda da minha filha de 6 anos. Mas nem precisava ir tão longe, literalmente”.

          Veja as fotos

          Divulgação
          Flávia Maria LimaDivulgação
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          Flávia Maria LimaDivulgação

          Segundo ela, as viagens que o esporte exige tem se tornado um pesadelo: “Cada viagem que fiz para buscar a vaga olímpica, mesmo dentro do Brasil, foi informada à Justiça pelo genitor da minha filha como argumento para tentar demonstrar a absurda ideia de que estou abandonando-a”.

          Ela lamenta que não exista essa cobrança para os atletas homens que são pais: “Só porque sou mãe, logo, mulher. Por anos minha carreira esportiva foi prejudicada pelo machismo. Hoje ele segue presente, tentando me boicotar. Mas agora eu digo: ”nunca mais’”.

          Flávia pontua que quer dar as melhores condições para a filha, mas que para isso precisa estar em evidência como atleta para ganhar patrocínios e visibilidade. A atleta ainda diz que o “terrorismo judicial” feito pelo ex já chegou a tanto que ela perdeu a chance de competir em várias competições.

          Com ajuda terapêutica, a atleta revela a virada de chave que a fez seguir até chegar nas Olimpíadas: “Ergui a bandeira e falei: não vou deixar ele ganhar, não vou deixar ele me desestabilizar. Foi ali que eu disse que ele não tem mais poder sobre mim, e que eu iria aos Jogos Olímpicos”, cravou ela.

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