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Com calor extremo em Paris, pausa vira norma em vários esportes. Entenda!

Os temporais que assolam Paris no período mais chuvoso em 30 anos na capital parisiense, não afastam o calor sufocante do verão europeu

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          O calor em Paris se tornou um grande problema para os atletas olímpicos. A arena de esportes radicais já sofreu com o “sol escaldante”, bem como os futebolistas e até mesmo quem está nas águas, o que exigiu da organização protocolos especiais para lidar com esse problema. O portal LeoDias te explica.

          A segunda-feira (29/7) que marcou a conquista heroica de Rayssa Leal, que levou o bronze, foi também o dia mais quente de Paris, segundo os franceses, alcançando os 35ºC – aproximadamente 8ºC acima da média para o ano.

          Veja as fotos

          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Louise Gouliamaki)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Louise Gouliamaki)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (Getty Images)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (Getty Images)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Aleksandra Szmigiel)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Aleksandra Szmigiel)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Aleksandra Szmigiel)
          Calor extremo em Paris é problema para atletas de de vários esportes durante os Jogos Olímpicos (REUTERS/Aleksandra Szmigiel)

          Com uma sensação térmica acima dos 40ºC na arena, não só as atletas, como os turistas sofreram. Nesse dia, não houve um tempo determinado durante as apresentações das skatistas para que pudessem se hidratar, mas elas tinham suas inseparáveis garrafinhas de água.

          A disputa do skate feminino marcou apenas o terceiro dia oficial de competições em Paris e, mesmo assim, abriram os questionamentos para protocolos especiais que possam garantir a hidratação correta dos atletas – debate feito antes mesmo dos Jogos Olímpicos.

          Calor escaldante, hidratação constante

          O verão na França teve início em 20 de junho e permanecerá até 22 de setembro. Em 2023, Paris registrou picos que atravessaram os 40 graus e a expectativa é que essa onda de calor seja ainda maior. Com isso surge o questionamento: como se manter hidratado em uma competição de alto nível?

          O futebol é um dos esportes com protocolo para hidratação muito bem determinado e, de certa forma, um dos mais consolidados. O debate é antigo e, curiosamente, se consolidou no Brasil, na época em que o país tropical foi sede da Copa do Mundo de 2014. 

          Um juiz do Distrito Federal, no meio do Cerrado onde a seca é sufocante no período da Copa (junho-julho), determinou que fosse aplicado a pausa para hidratação na competição e depois disso, ela se consolidou, sendo modulada ao longo dos anos e oficialmente consagrada no regulamento da FIFA (Federação Internacional do Futebol).

          Nas Olimpíadas, bem como em qualquer outra partida com temperatura acima dos 32ºC, o árbitro terá de parar o jogo para hidratação tanto no primeiro tempo, como no segundo tempo. Como o caso só é aplicado em casos de calor, não acontece quando o jogo está em um clima agradável.

          Em Paris, a Federação Internacional de Tênis decidiu adotar um protocolo especial, chamado de “Temperatura do Globo de Bulbo Úmido”, onde é medido o potencial estresse térmico sob a luz solar direta. 

          Neste caso, há a liberação para os tenistas aproveitarem o intervalo para tomar banho, trocar de roupa, comer e beber. Só não podem receber tratamento médico ou falar com o treinador. Se o calor piorar, árbitro e profissionais médicos podem até decidir suspender o jogo.

          Não são apenas os atletas “humanos” que têm disponíveis protocolos especiais para prevenção do calor parisiense. No hipismo, a Federação Equestre Mundial ativou um plano especial com monitoramento dos cavalos com câmeras térmicas e dados climáticos. 

          O problema maior para a organização em Paris está na Vila Olímpica. Adotando uma ideia sustentável, não foi colocado ar-condicionado nos quartos e, com isso, vieram as críticas. 

          Pressionado, o comitê organizador liberou a instalação de módulos temporários na Vila Olímpica, que custam 300 euros cada (R$ 1,5 mil), desde que cada comitê banque esse custo.

          O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) adotou a medida e aumentou os gastos em cerca de R$ 270 mil para instalar aparelhos de ar-condicionado nos quartos dos atletas brasileiros. Estados Unidos, Holanda e Canadá, são outros dos países que também aderiram.

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