Pedrinho sobe o tom, se emociona e explica ação contra sócio do Vasco: “Fiz por vocês”
O presidente do Vasco explicou os motivos e questionou as críticas, chegando a subir o tom nas palavras
O Vasco vive uma guerra nos bastidores contra um dos sócios, a 777 Partners. O presidente do clube, Pedrinho, decidiu se pronunciar sobre o caso, após conseguir uma liminar na Justiça. Emocionado, o ex-jogador falou que está tomando a decisão de ir a briga contra a empresa como prevenção e subiu o tom ao rebater críticas.
Atualmente, o Vasco está “dividido” em dois: a associação, que cuida do patrimônio, esportes olímpicos e outras questões, no qual Pedrinho é o presidente, e a Vasco SAF, a empresa na qual a associação é sócio minoritário e a 777 Partners é sócio majoritário, tomando as principais decisões relacionadas ao futebol.
O Vasco entrou com ação contra a 777 e conseguiu na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, no Rio de Janeiro, uma liminar que corre em segredo de justiça e determinou que o Vasco passa a ter o controle da empresa Vasco SAF. O portal LeoDias teve acesso ao documento.
Na decisão, o Vasco relata que a 777 passou a “atuar abusivamente e ocultando informações vitais”, e que além dos “resultados esportivos da equipe vascaína de futebol, decorrente da má gestão, foram descobertos diversas artimanhas financeiras que arruínam a cada dia as finanças da sociedade [Vasco SAF]”.
Também foi relatado a “derrocada financeira” enfrentada pela 777 Partners que está com problemas judiciais por todo mundo, inclusive tendo as contas bloqueadas nesta quinta, na Bélgica, onde é dona do Standard Liege.
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Como fica o Vasco
Em coletiva, Pedrinho explicou que o Vasco não pretende acabar com o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e os contratos com a Vasco SAF não serão anulados, mantendo o futebol do clube administrado como uma empresa, mas agora com o controle das decisões não estarão mais com a 777 Partners, que passa a ser uma sócia minoritária – pelo menos por enquanto.
Pedrinho tratou de enfatizar que o “mérito é jurídico e não esportivo”, garantindo que o clube manterá seus compromissos com os profissionais que trabalham no clube. Atualmente, o Vasco está em estágio final de negociação com um novo treinador, o presidente também alertou que não vai mudar.
A 777 Partners tem um aporte previsto para setembro e a instabilidade da empresa motivou o Vasco associativo a entrar com ação na Justiça. Pedrinho garantiu que a ação contra o sócio foi calculada e que o clube tem receita para “manter o giro” e afirmou que se isso não acontecer, ele vai garantir o pagamento dos salários.
Pedrinho se emocionou e subiu o tom várias vezes para enfatizar sua motivação para ajudar o Vasco: “Eu sou vascaíno antes de ser presidente do Vasco. As ações que estão sendo tomadas é por proteção a você, torcedor”, declarou o presidente do Cruzmaltino.
De acordo com a nota oficial divulgada pelo Vasco, o motivo justifica que a ação se fez necessária pelo “risco de penhora ou uso das ações da VascoSAF como garantia em potenciais cenários de falência ou insolvência da 777”. E que não houve um retorno ao modelo associativo de gestão do futebol.
“Eu sou vascaíno antes de ser presidente do Vasco. As ações que estão sendo tomadas é por proteção a você, torcedor.”
— Pedrinho, em coletiva. pic.twitter.com/KzKGmc4HjI
— News Almirante (@NewsAlmirantee) May 16, 2024
Veja comunicado completo do Vasco:
“O Club de Regatas Vasco da Gama, em respeito aos seus sócios, torcedores e ao mercado do futebol em geral, considerando as matérias recentemente divulgadas e a fim de evitar a disseminação de informações distanciadas da realidade, presta os seguintes esclarecimentos:
O Vasco ajuizou ação cautelar no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, visando, exclusivamente, preservar o patrimônio da Vasco da Gama Sociedade Anônima de Futebol (VascoSAF). A ação foi necessária e motivada por preocupações sobre a capacidade financeira da sócia majoritária, a empresa 777, em cumprir com suas obrigações contratuais. Essas preocupações foram intensificadas por relatos na mídia internacional, que questionaram a solvência da 777, levantando o risco de penhora ou uso das ações da VascoSAF como garantia em potenciais cenários de falência ou insolvência da 777.
A medida judicial busca, assim, prevenir uma mudança indesejada no controle acionário da VascoSAF, impedindo que entidades externas ao contrato assumam controle. Permanecem, porém, com a 777 os 30% já integralizados pela mesma.
Frise-se que a decisão judicial suspendeu APENAS os efeitos do Contrato de Investimentos e do Acordo de Acionistas relativos à transferência de controle da SAF para a 777. Essa decisão somente restringiu os direitos societários da 777. NÃO HOUVE qualquer alteração em relação às suas obrigações contratuais. Todas as obrigações da 777 estão mantidas. Apenas se devolveu o controle da empresa ao Vasco, o seu sócio fundador, e afastou os conselheiros nomeados pela 777.
Importante esclarecer, por fim, que a justiça não ordenou o retorno do futebol do clube ao seu modelo associativo anterior. Ao contrário, é mantido o modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF). O Vasco segue firme no propósito de garantir o funcionamento eficaz da VascoSAF, evitando as incertezas jurídicas causadas pela crise financeira da 777, que ameaça e expõe a grave risco a estabilidade da operação.
Club de Regatas Vasco da Gama”
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