STJD abre investigação contra corrupção na arbitragem e requisita provas de gestor do Botafogo

A entrevista bombástica de John Textor, na qual o dirigente do Botafogo revelou ter provas de corrupção na arbitragem brasileira, segue rendendo. O caso deve ir para o tribunal em breve, pois o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai abrir um inquérito para investigar as denúncias e o estadunidense é o primeiro que deve ser ouvido.

Textor declarou ter gravações com “juízes reclamando de não terem suas propinas pagas”, além de outras acusações sobre supostas manipulações nos últimos três campeonatos brasileiros. O Procurador Geral do STJD, Ronaldo Botelho Piacente, declarou que vai requisitar as gravações que o empresário diz ter em seu poder.

Acusações fortíssimas

A zona de conflito da arbitragem brasileira com John Textor vem já há alguns meses, desde que o diretor acusou “roubo” após uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023, quando o alvinegro perdeu de virada para o Palmeiras, por 4 a 3. A CBF abriu inquérito contra o estadunidense.

Na última quarta-feira (6/3), ele garantiu que irá apresentar provas e os “os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato [do ano passado]”.

Resposta dos árbitros

A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) respondeu em nota às declarações e disseram que as revelações de Textor foram “irresponsáveis e levianas”, pedindo que o gestor seja banido do futebol brasileiro caso não prove as afirmações.

“Se John Textor não provar o que disse, ele tem que ser banido do futebol brasileiro! Não há outro caminho e, diante do que ele disse, as instituições precisam agir”, diz trecho da nota.

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