STJD denuncia Luiz Henrique e Botafogo pode perder o atleta por 6 jogos
Luiz Henrique foi expulso por atirar garrafa durante confusão em Atlético-MG x Botafogo, pelo Brasileirão
O Botafogo entrou na semana mais decisiva da temporada com uma notícia nada animadora. A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) apresentou denúncia contra Luiz Henrique, por expulsão contra o Atlético-MG na partida pelo Brasileirão na semana passada. O atacante alvinegro atirou uma garrafa em seguranças do estádio, durante uma confusã
A denúncia apresentada na tarde desta segunda-feira (25/11) é baseada no artigo 258 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) – assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva -, que prevê uma punição de um a seis jogos a mais do que a suspensão automática, já cumprida por Luiz Henrique.
O Botafogo perdeu a liderança do Brasileirão no último final de semana, restando apenas três jogos para o final do campeonato. O próximo adversário será o rival direto na briga pelo título, o Palmeiras, e como a denúncia irá passar por uma comissão antes de ser julgada, com possibilidade de recurso, Luiz Henrique está confirmado no duelo decisivo da próxima terça (26/11) – paulistas e cariocas estão empatados com 70 pontos, mas o Verdão tem uma vitória a mais.
“A conduta em questão, para além de leviana e imprudente, desvela postura de enorme desrespeito em relação agentes cujo trabalho possui natureza essencial para o bom desenvolvimento das partidas de futebol (in casu jornalistas e seguranças que laboravam durante o jogo), o que definitivamente não se pode admitir no meio desportivo”, diz trecho da denúncia.
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Pedido de suspensão a seguranças
Também foi apresentada no STJD denúncia contra os principais protagonistas da confusão: os seguranças do Botafogo e do estádio Independência.
A Procuradoria do tribunal desportivo pediu a suspensão preventiva dos funcionários da Bromo, empresa que cuida da segurança no estádio Independência, além de todos os membros da equipe de segurança do Botafogo.
O Atlético-MG, mandante da partida, foi denunciado por infrações nos artigos 206 (dar causa ao atraso do início da realização da partida), por ter demorado dois minutos a voltar para o segundo tempo, e 257 (participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente). O Botafogo também foi denunciado no artigo 257.
“É imprescindível a suspensão preventiva de todos os integrantes da segurança do Botafogo, até que se identifique o autor das agressões, bem como a suspensão preventiva da empresa Bromo segurança, até que se identifique o vigilante que tentou usar a grade para escalar a violência”, diz trecho da denúncia apresentada pela Procuradoria do STJD.
A confusão
Ao final do empate sem gols entre Atlético-MG e Botafogo pelo Brasileirão, houve uma confusão generalizada na área de acesso aos vestiários, entre seguranças do Botafogo e da Arena Independência, com alguns jogadores da equipe carioca se envolvendo. O árbitro relatou a treta na súmula.
“Informo ainda que houve um confronto entre seguranças da Arena e seguranças da equipe do SAF Botafogo, após finalizada a partida na zona de acesso aos vestiários”, disse o árbitro no documento, sem maiores detalhes.
Segundo o GE, a confusão teve início quando Franclim Carvalho, auxiliar técnico de Arthur Jorge (treinador do Botafogo), colocou a mão no celular de um jornalista que filmava a saída dos atletas para o vestiário.
Em imagens de Marcellus Madureira, do canal Jogada 10, é possível ver o início da confusão, quando o repórter chama Luiz Henrique e outros jogadores do Botafogo para falar sobre o início da treta em campo, logo depois Alex Telles pede para o jornalista não fazer perguntas e logo em seguida há uma sequência de xingamentos e empurrões, com a confusão ficando maior entre seguranças do Independência e do Botafogo.
“O que pegou ali, Luiz?”, perguntou o jornalista. “Pegou o meu p%$”, rebateu LH. “Não está vendo que a gente está de cabeça quente?”, disse Alex Telles, logo em seguida. Depois disso, a treta se tornou generalizada.
Luiz Henrique, que já tinha se encaminhado ao vestiário, voltou e atirou uma garrafa para o meio da confusão. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira foi até o VAR analisar a briga e por conta disso, o atacante do Botafogo acabou sendo expuls
“Informo que quando estávamos no campo de jogo observando o conflito generalizado, vimos um arremesso de uma garrafa preta em direção aos seguranças da equipe mandante, não sendo identificado quem realizou o lançamento”, inicia o árbitro na súmula.
“Após recomendação do VAR para uma revisão, identifiquei através das imagens que quem arremessou o objeto (garrafa) foi o atleta de número 7, Sr. Luiz Henrique André Rosa da Silva, atingindo uma segurança, causando a expulsão do atleta. Devido ao atleta já ter adentrado ao vestiário, não foi possível a apresentação do cartão vermelho”, completou.
A confusão após o empate entre Atlético e Botafogo…
Estava lá pelo @sitenoataque e captei a grande briga generalizada com os seguranças do Independência.
E como podem ver, tudo ficou inflamado a partir do Alex Telles reclamar de uma pergunta simples do colega jornalista… pic.twitter.com/pmQIMOnIJD
— Pedro Bueno (@pedro_buenno) November 21, 2024
CONFUSÃO GENERALIZADA NO FINAL DE ATLÉTICO MINEIRO E BOTAFOGO
— DataFut (@DataFutebol) November 21, 2024
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