Valdivia volta a ter prisão revogada e aguardará julgamento por assédio em liberdade
O ex-jogador do Palmeiras e da seleção chilena teve prisão preventiva revogada; ele é acusado por estupro por duas mulheres
Jorge Valdivia, ex-jogador do Palmeiras, está enrolado com a Justiça chilena e responde a duas acusações por estupro. Preso desde novembro, ele teve a prisão preventiva revogada pela Suprema Corte do país, e ficará em prisão domiciliar noturna enquanto segue as investigações.
Valdivia foi preso pela primeira vez em 22 de outubro, após uma tatuadora fazer uma denúncia por crime sexual, tendo a prisão preventiva revogada em 4 de novembro. Porém no dia 30 ele voltou à cadeia, retornando à liberdade provisória na última segunda-feira (6/1). Segundo a advogada do ex-jogador, a prisão preventiva era ilegal por conter “erros graves de fundamento”. Ele é acusado de quatro crimes de abuso sexual, incluindo dois estupros.
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A decisão
Segundo decisão da Suprema Corte chilena, que acatou um recurso da defesa de Valdivia, ele está proibido de deixar o país e não pode se aproximar das duas mulheres que fizeram a denúncia.
“Fica sem efeito a resolução (…) pela qual foi imposta a medida cautelar pessoal de prisão preventiva”, diz a decisão da corte.
As denúncias
Segundo o depoimento prestado à polícia, Valdivia teria se encontrado com uma tatuadora no dia 20 de outubro, um domingo, a fim de fazer uma tatuagem. A mulher não teria lembrado do que aconteceu depois que os dois ingeriram álcool, ligando para o ex-jogador na manhã do dia seguinte, quando ele afirmou que tiveram relações sexuais.
Valdívia negou “de modo veemente ter agredido sexualmente qualquer pessoa” e afirmou que manteve “uma relação consensual com uma mulher adulta”, se colocando à disposição do Ministério Público para colaborar com o caso.
“Não tenho conhecimento das motivações por trás desta ação, mas nego firmemente ter agredido sexualmente alguém. Mantive um relacionamento consensual com uma mulher adulta, por isso estarei à disposição do Ministério Público assim que amanhecer”, declarou Valdívia.
O ex-jogador foi denunciado por uma segunda vez já no dia seguinte à primeira acusação. O novo registro, confirmado pelo Ministério Público, teria ocorrido no dia 18 de outubro. Valdívia foi ao restaurante El Toro, em Vitacura, no Chile, com a vítima, e depois para seu apartamento – onde o crime teria acontecido -.
A Prime Media, em que Jorge Valdivia atua como comentarista, decidiu suspender o ex-atleta da função até que o caso seja resolvido.
Valdivia fez história com a camisa da seleção chilena, sendo o camisa 10 da histórica equipe que conquistou o bicampeonato da Copa América em cima da Argentina de Messi, em 2015 e 2016. Ele é considerado um dos grandes nomes do futebol chileno ao lado do goleiro Cláudio Bravo, do meio-campista Arturo Vidal e do atacante Alexis Sánchez.
No Brasil, virou ídolo no Palmeiras. No total foram 241 jogos pelo Porco, com 41 gols e três títulos: Campeonato Paulista (2008) e Copa do Brasil (2012 e 2015). Foram duas passagens pelo clube entre 2006 e 2008 e 2010 e 2015.
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