Príncipe Harry refaz trajetória da mãe em Angola em luta contra minas terrestres
Também chamado Duque de Sussex, Harry caminhou por área minada 28 anos após Diana para ampliar apoio à desminagem

O príncipe Harry voltou à Angola nesta semana e, mais uma vez, percorreu um campo minado no país africano, ecoando o gesto emblemático de sua mãe, a princesa Diana, em 1997. A visita, organizada pela ONG internacional The HALO Trust, teve como objetivo chamar atenção para os perigos ainda presentes das minas terrestres e renovar o apoio às ações de desminagem.
Nesta quarta-feira (16/7), Harry esteve em Cuito Cuanavale, no sul de Angola, onde participou de uma aula sobre segurança em áreas minadas e interagiu com moradores da região, incluindo crianças que vivem sob o risco diário de explosivos remanescentes das guerras. Segundo a HALO Trust, essa é a maior área contaminada por minas em todo o continente africano.
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Durante a viagem, o duque de Sussex se encontrou com o presidente de Angola, João Lourenço, e com o CEO da HALO, James Cowan. O encontro selou um novo acordo de cooperação pelos próximos três anos, a fim de ampliar os trabalhos de desminagem no país. Desde 1994, a organização já limpou o equivalente a quase 7 mil campos de futebol, mas mais de mil áreas ainda seguem sob risco.
A ação mais simbólica da visita foi a caminhada de Harry por um campo minado, recriando a imagem histórica de Diana em Huambo, há 28 anos. Em vídeo divulgado pela ONG, ele relembrou a ocasião: “Em 1997, minha mãe esteve em Huambo. E eu visitei Huambo em 2019. Então, o mesmo campo minado pelo qual ela passou se transformou em uma comunidade movimentada que eu tive a oportunidade de visitar”.
Lady Di foi pioneira ao trazer visibilidade internacional para a causa. Sua visita a Angola pouco depois do divórcio com Charles III marcou o início de seu engajamento com temas humanitários. Fotos da princesa com sobreviventes de explosões, muitos deles amputados, comoveram o mundo e contribuíram para a assinatura de um tratado internacional de proibição de minas terrestres, que entrou em vigor em 1997, pouco antes de sua morte.
A tragédia ainda é presente no cotidiano de milhares de angolanos. A estimativa é que cerca de 88 mil pessoas tenham sido vítimas desses explosivos, segundo a HALO Trust. Além disso, muitas crianças ainda vivem sob o risco constante.
“Crianças nunca deveriam viver com medo de brincar ao ar livre ou de caminhar até a escola”, afirmou Harry em nota divulgada pela organização. Ele agradeceu ao presidente Lourenço pelo comprometimento contínuo com a causa e se comprometeu a manter o apoio institucional e financeiro às ações em Angola.
O gesto de Harry reacende a memória do legado de Diana, ao mesmo tempo que reafirma seu afastamento da realeza britânica. Desde que se mudou para os Estados Unidos com Meghan Markle, em 2020, o príncipe tem enfrentado conflitos com a família real. Em maio, ele voltou a criticar publicamente o pai, Charles III, por não manter contato com ele em meio à disputa judicial sobre sua segurança no Reino Unido.
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