Caso Luana: Cirurgiã plástica explica riscos de embolia por lipo no joelho

O portal LeoDias conversou com a cirurgiã plástica Tatiana de Moura sobre o falecimento de Luana Andrade durante uma lipo, aos 29 anos de idade. Para a cirurgiã, ainda é cedo para se bater o martelo sobre qual é a causa, mas ela confirma que a embolia pulmonar é um risco comum neste tipo de cirurgia.

“Qualquer cirurgia pode causar embolia pulmonar. A lipoescultura existe risco de embolia gordurosa que é diferente da embolia pulmonar. São dois quadros distintos e é preciso investigar à fundo o que houve. O risco mais comum é o desse quadro pulmonar, que é um trombo, mas é preciso investigar. A embolia começa nas pernas e se desenvolve para trombose extensa da artéria pulmonar. É preciso aguardar a perícia para analisar mesmo”, explicou Tatiana de Moura, cirurgiã plástica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Questionada sobre o que causa uma embolia, a médica disse que ela é mais comum em pessoas obesas, tabagistas, hipertensas, diabéticas  e pacientes de uso de anticoncepcional, por exemplo.

“Não é um procedimento incomum a lipoaspiração de joelhos. A indicação é menor que uma lipo nas costas ou barriga por exemplo. O risco de embolia está relacionado em qualquer tipo de cirurgia principalmente a cirurgias de tempo maior e é mais comum em pacientes com risco cirúrgico maior”, disse a médica.

Tatiana fez questão de expor que em qualquer tipo de cirurgia, é obrigatório a realização de exames pré-operatórios.

“Antes de qualquer procedimento podemos sim prevenir alguns desconfortos dependendo do quadro individual no risco cirúrgico, cardiológico, anestésico, inclusive, com medidas de prevenção como uso de anticoagulante, meia antitrombo, medicações, entre outros. Podemos estimar os riscos aumentados de trombose e o risco da cirurgia em si para uma nota que vai guiar o médico às medidas realizadas, porém não se trata de uma ciência exata. Isso não é comum, mas é possível”, externou a cirurgiã.

“É menos comum uma lipo no joelho, mas se faz sim. Agora que está o boom do lipedema, é comum ver o pedido do tratamento do lipedema, mas isso depende da queixa de cada um, é preciso avaliar caso a caso”, completou.

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