Delegado chama Oruam de “marginal da pior espécie” e detalha confronto durante operação
Segundo o cantor, aproximadamente 20 viaturas foram enviadas ao local para cumprir a operação em sua residência no Rio de Janeiro

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Felipe Curi, fez duras críticas ao comportamento do cantor Oruam durante uma ação policial que culminou em confusão na residência do rapper na noite de segunda-feira (21/7). De acordo com ele, o funkeiro será responsabilizado por uma série de crimes, incluindo ligação com o Comando Vermelho.
Ao portal LeoDias, o delegado Felipe Curi afirmou que não há qualquer dúvida sobre o envolvimento de Oruam com a facção Comando Vermelho, após o comportamento dele durante a operação deflagrada na noite de segunda-feira (21/7), que tinha como alvo um adolescente acusado de roubo de veículos, que estava na casa do rapper.
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza absoluta de que se trata de um criminoso, um bandido da pior espécie, ligado diretamente à facção criminosa Comando Vermelho, da qual o pai dele, conhecido como Marcinho VP, é chefe à distância, mesmo estando preso em presídio federal e fora do estado”, iniciou o delegado.
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“Ficou mais uma vez comprovado que esse elemento, esse marginal, bandido, associado diretamente a essa facção criminosa, em menos de seis meses, estava novamente abrigando marginais em sua residência. No mês de fevereiro, havia um elemento lá com mandado de prisão por organização criminosa, portando uma arma de fogo de uso restrito e com numeração raspada. E, nesta madrugada, outro elemento — ainda que menor de idade — com mandado de busca e apreensão, foragido da Justiça por ser considerado um dos maiores ladrões de veículos do estado do Rio de Janeiro e segurança pessoal do traficante Doca, chefe do Complexo da Penha, território dominado pela facção criminosa Comando Vermelho”, completou.
O delegado também fez questão de reforçar o tom das acusações e destacar as ameaças que o cantor teria feito ao delegado que estava na ação. “Então, ficou mais do que comprovado que esse elemento, travestido de artista, é um criminoso, bandido, ligado diretamente a essa facção. Além disso, fez ameaças diretas ao delegado Moisés e a toda a sua equipe, dizendo que era filho do Marcinho VP e que eles iriam arcar com as consequências. Agora, foi para o Complexo da Penha buscar proteção dos integrantes da facção chefiada pelo pai dele”
“Isso não vai ficar dessa forma. No dia de hoje, a Polícia Civil está indiciando o Oruam pelos crimes de associação para o tráfico, ameaça, resistência qualificada, dano qualificado, tráfico de drogas, entre outros delitos. A investigação está em andamento, e, em breve, estaremos concluindo o inquérito policial”, afirmou o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi.
Segundo o cantor, aproximadamente 20 viaturas foram enviadas ao local para cumprir a operação. A ação teria como objetivo capturar um adolescente de 17 anos conhecido como Menor Piu, apontado pelas investigações como “um dos maiores ladrões de veículos do estado e segurança do traficante Doca”.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Curi também explicou que havia um mandado de busca contra o jovem. “Havia um mandado de busca e apreensão contra o Menor Piu por vários crimes [fatos análogos, por se tratar de um adolescente infrator]”, afirmou. Por conta do horário — já próximo da madrugada — os policiais esperaram o menor sair da casa antes de abordá-lo. “Ele saiu da casa e, já em via pública, foi feita a abordagem”, narrou.
Quando percebeu o movimento policial, Oruam fez um apelo nas redes sociais: “Quem tiver de moto brota no Joá” e “Me ajuda, eles estão aqui na minha porta”, publicou nos stories.
A situação escalou quando o adolescente foi colocado dentro de uma picape descaracterizada. “Oruam viu da varanda da casa dele e começou a tacar pedras em cima dos policiais”, relatou Curi. Segundo ele, uma viatura foi atingida e um policial ficou ferido.
Em seguida, o funkeiro foi até a rua e passou a insultar os agentes. “Delegado da Civil! Ei, Moysés! Tu é czão! Filha da pta! Tá tudo gravado! Você é covarde!”, gritou ele, conforme relato da polícia.
A confusão terminou com a fuga de Menor Piu, que teria conseguido escapar ao abrir a porta traseira do veículo e sair correndo. O delegado classificou o episódio como uma tentativa de sabotar a operação: “Não foi uma confusão: eles frustraram, eles impediram que uma ação legítima do Estado fosse concretizada”.
Diante da resistência e das agressões, os agentes entraram na casa de Oruam. “Como eles estavam em flagrante, resistindo à prisão, danificando patrimônio público, os policiais entraram na residência, porque já era situação de flagrante”, explicou Curi. Um homem foi preso durante a entrada no imóvel.
Após o confronto, o cantor teria ido para o Complexo da Penha, segundo o secretário: “Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha”.
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