Dez dias após morte de Preta Gil, Dieckmmann reflete sobre lado ruim das pessoas
A atriz era uma das melhores amigas da cantora, que faleceu em 20 de julho, aos 50 anos
Carolina Dieckmmann publicou um texto de reflexão sobre os últimos dez dias que mudaram a vida dela. A atriz era uma das melhores amigas de Preta Gil, que faleceu em 20 de julho. A artista tinha 50 anos e lutava contra um câncer colorretal. Ela morreu nos Estados Unidos e o velório aconteceu na última sexta (25/7), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No Instagram, Carolina contou o que mudou em sua percepção com a partida da cantora.
Segundo a atriz, a morte de Preta Gil fez com que ela enxergasse as pessoas de outra maneira. “Esses momentos em que a gente se sente cru, quando a dor chega na carne, trazem uma espécie de lucidez, uma lente super potente, uma hipersensibilidade mesmo, capaz de enxergar tudo diferente. É quando o olho vê junto, e em sintonia, com o coração. Tô vendo tudo, de quem vem com ternura a quem se aproveita com maldade. É incrível como isso tudo coexiste”, escreveu.
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Sem citar nomes, Carolina também falou que, diferentemente do que pensava, o lado ruim das pessoas não muda nem com uma grande dor. “Eu sempre achei, no meu jeito doce e inocente de escolher o modo de ver, que uma grande dor ou um grande amor fossem capazes de neutralizar toda a ruindade das pessoas… Porque desse modo, a empatia seria então uma opção unânime, como que um passaporte para se ser mais humano, mas não é assim”, disse.
“De todo jeito, é nessas horas que a gente escolhe o lado que quer alimentar no bicho que somos. É nessa hora que eu tenho vontade de escrever, para sublinhar mesmo, tudo que venho sentindo. Assimilar o que entra e o que sai. E fica tão claro, transparente, que não existe nada mais potente do que escolher ser bom, no sentido de emanar coisas boas, de fiscalizar e se certificar que essas escolhas estejam sendo feitas de modo consciente e com eficiência”, refletiu.
Por fim, a atriz destacou que todo dia é uma nova chance para fazer o bem: “Tudo é escolha. O mundo está muito doente, qualquer um vê, mas existe uma possibilidade divina para que a gente acorde enquanto estiver vivo. Hoje eu acordei com força de levantar e vim aqui porque acho mesmo que tenho uma voz – isso deve servir ao coletivo. Não importa se é uma pessoa ou mil… Que a gente acorde todos os dias não só para o dia, mas para a chance de fazer sempre o bem. Com amor…”.
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