Oruam se entrega à polícia após ter prisão decretada no Rio de Janeiro
Oruam será indiciado por associação para o tráfico de drogas, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato
Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, se entregou à polícia na tarde desta terça-feira (22/7), após ter a prisão preventiva decretada. A decisão veio após um dia marcado por confrontos e acusações envolvendo o rapper e agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), no Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil, Oruam será indiciado por associação para o tráfico de drogas, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato. A confusão começou durante uma ação da DRE, na qual o artista não era o alvo principal. A operação visava cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente suspeito de roubos de veículos e de atuar como segurança de um traficante.
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Ainda de acordo com os investigadores, o rapper teria filmado os policiais e ofendido verbalmente o delegado responsável pela ação, Moysés Santana. Testemunhas relataram que pessoas próximas ao cantor teriam lançado pedras contra a equipe. Após o episódio, a polícia afirmou haver indícios de que Oruam mantém vínculos com uma das principais facções criminosas do estado.
Durante a madrugada, pouco antes de se refugiar no Complexo da Penha, Oruam publicou um vídeo nas redes sociais. Nas imagens, ele afirma estar cercado por viaturas e mostra o delegado Moysés Santana no local. “Minha casa está cercada por mais de 20 viaturas”, declarou o cantor, alegando ser alvo de uma nova operação policial.
A entrega do artista foi confirmada horas depois. Até o momento, a defesa de Oruam não se pronunciou oficialmente sobre as acusações e a prisão do artista. A Polícia Civil segue investigando os desdobramentos da ocorrência, que colocou o nome do rapper no centro de uma nova crise envolvendo o cenário do rap nacional e as forças de segurança pública.
Oruam permanece à disposição da Justiça, enquanto a apuração das possíveis conexões com o tráfico avança. A Polícia Civil reforçou que o cantor não era o alvo inicial da operação, mas passou a ser investigado após a reação à abordagem.
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