Ralf dá pausa na carreira e cita morte do irmão, Chrystian, como motivo
Ralf justificou porque não cancelou os show após morte do irmão
O cantor Ralf, irmão e dupla de Chrystian, que faleceu em junho deste ano, anunciou uma pausa na carreira. O sertanejo alegou que pediu o tempo por não conseguir cantar, pela dor da saudade devido a perda do irmão. Logo após a morte de Chrystian, Ralf foi criticado por manter a agenda de shows.
Ele cita alguns lugares que precisou cumprir com a agenda de shows logo após a morte do irmão, como Estados Unidos, Trindade, Presidente Prudente e outros, mas que com o tempo ficou difícil cantar: “Foi ficando difícil e pedi um tempo porque eu estava muito mal. Eu não conseguia cantar ‘Amaremos’ [uma de suas músicas]. Quando eu tinha que cantar Amaremos eu começava a chorar então eu pedi um tempo”, desabafa Ralf, em entrevista a André Piunti.
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Ele justifica o motivo de não ter cancelado a turnê após o falecimento do irmão: “Primeiro [cumprir] os compromissos. Segundo eu não podia ficar em casa. Eu não podia consumir isso que tinha acontecido, seria muito mais difícil pra mim, muito pior, se eu ficasse em casa”.
Ralf destaca que os contratantes foram compreensivos acerca do luto, mas que ele decidiu ir para fugir do “clima pesado” que ficou no coração.“Eu não ia deixar as pessoas que gostam do meu som ficar no vago. Eu cumpri os contratos pela minha consciência, pelo meu sentimento”.
Criticado duramente por seguir a agenda, ele lamenta: “Sinto muito com o que as pessoas andaram falando. As pessoas precisam tomar cuidado, você não tá na alma da outra, no coração da outra […] Procurei não ler, não saber [das críticas]. É um negócio que você tem que recolher. Eu tenho muita fé e acho que minha fé aumentou muito agora. Eu tenho certeza que meu irmão tá melhor agora, tá sendo tratado, tá se curando de tudo, tenho certeza disso”, finalizou.
Tempo sem contato com o Chrystian
Ralf ainda citou o distanciamento com o irmão e desmentiu que fosse assim tão intenso. Ele relembra que, no velório de Chrystian, foi questionado por um repórter acerca do tempo que não via o irmão e no momento não deu uma resposta correta: “Eu sou dislexo, a gente conversou a pandemia inteira, toda quarta-feira ele ligava pra minha casa […] Eu falei quatro anos e o escritório me corrigiu”.
Ele chama a perda do irmão de “pior momento de sua vida” e rebate críticas: “Ainda é muito difícil pra mim. É um negócio que procuro me isentar, das críticas das falas das pessoas. As pessoas acham que o luto é a roupa que você veste, mas não é, é o que você sente por dentro”, declarou.
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