Estados Unidos vai exigir análise de redes sociais para visto
Medida entrará em vigor no final de junho
Na última quarta-feira (18/6), o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou que vai exigir que os estudantes aceitarem o acesso aos perfis das redes sociais para a análise de visto. Os postos consulares norte-americanos no exterior devem adotar as novas regras até semana que vem.
A decisão revoga a suspensão temporária iniciada em 27 de maio, quando a administração mandou que os consulados interromperem o agendamento de novas consultas para solicitantes de visto de estudante. A regra tinha sido proposta para que o Departamento se organizasse para alastrar a investigação de mídias e redes sociais de estudantes aplicantes do visto.
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Segundo o comunicado interno assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, da qual a Reuters teve acesso, colaboradores foram instruídos para analisarem “candidatos com histórico de ativismo político, especialmente quando relacionado à violência”. Manifestações em apoio à causa palestina e críticas às ações de Israel na guerra em Gaza estão entre as atividades listadas.
A investigação não se trata apenas das redes sociais. Os funcionários também deverão usar “mecanismos de busca apropriados ou outros recursos online” para avaliarem a pegada digital completa dos candidatos.
Já no momento das entrevistas, os colaboradores vão alertar os solicitantes a respeito das implicações de não permitir o acesso às contas online, que não podem estar “trancadas” ou com acesso limitado. “Lembre ao candidato que o acesso limitado à presença online poderia ser interpretado como um esforço para evadir ou esconder certas atividades”, direcionou o documento.
O Departamento acredita que corre risco de ter menos número de consulta disponível por causa das novas exigências de verificação: “Os postos devem considerar o volume geral de agendamento e as demandas de recursos para verificação apropriada. Podem precisar agendar menos casos do que faziam anteriormente”, diz o comunicado.
Os agendamentos acelerados de vistos para médicos nascidos no exterior que participam de programas de intercâmbio na área e candidatos que querem estudar em universidades norte-americanas vão ser prioridade.
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