Rock in Rio mudou a história da acessibilidade com a maior ação já feita no festival
Thiago Amaral atua na coordenação da área de pluralidade do Rock in Rio e The Town e foi responsável pela implantação do projeto
A edição de 40 anos do Rock in Rio veio a ter a sua maior ação de acessibilidade e pluralidade de toda a história do festival. Um projeto sugerido e implantado por Thiago Amaral, com o apoio de mais de 100 profissionais.
Para isso, foram cridos inúmeros setores para atender as necessidades de pessoas especiais, com deficiência auditiva, visual, cadeirantes, autismo e outros casos.
A área é coordenada desde 2017 por Amaral, que conversou a reportagem do portal LeoDias na área VIP do evento e apresentou detalhes do projeto que oferece até mesmo cadeiras de roda e motorizadas para o público.
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“Essa edição de 2024 é, sem dúvida, a mais completa. Temos plataformas elevadas em todos os palcos da Cidade do Rock, banheiros acessíveis e unissex em todas as ilhas de banheiro do festival, temos áudio descrição para pessoas cegas, temos intérpretes de libras nos telões dos palcos, e inúmeros outros serviços como empréstimos de cadeiras de roda, e motorizada, esse ano trouxemos a sala sensorial para pessoas com autismo, por algum motivo de desregularem e passarem por alguma dificuldade no festival,” pontuou ele, também responsável pelo mesmo projeto no The Town e Lollapalooza.
Thiago Amaral, que é cadeirante, disse que os serviços aumentaram de acordo com o próprio público. “Isso é muito bom, porque significa que o nosso projeto e a nossa ideia está dando certo, a galera volta na edição seguinte trazendo mais gente, então, é um reflexo do que a gente já vem construindo há muito tempo”.
O profissional chegou ao festival ainda como público, na edições de 2013 e 2015, após o acidente que o deixou deficiente, ocorrido em 2011.
“Em 2015 sugeri algumas melhorias para a próxima edição, e então fui convidado para uma conversa. Eu já trabalhava com evento e aceite esse convite para tocar o projeto de uma área nova, que era o projeto de acessibilidade, criada em 2017. O festival me ouviu quando eu não era parte do festival, e agora eu continuo ouvindo as pessoas e o público”, destacou Thiago.
Os feedback negativos também ganham a atenção do departamento para que as edições seguintes sejam aprimoradas. “Nós vamos sempre nessa crescente. Hoje eu coordeno a área de pluralidade, não só de acessibilidade, temos ações bem legais como combate a violência de gênero e assédio no festival, combate ao racismo, transfobia e homofobia. São mais de 100 pessoas na equipe, parte dedicada a operação de acessibilidade, supervisores, são 4 produtores, 50 pessoas em apoio, é uma galera focada só nessa operação de acessibilidade”.
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