Assustado e aos prantos, irmão de brasileiro morto no Líbano chega ao Brasil
O jovem chegou ao município de Foz do Iguaçu, no Paraná, por volta da meia-noite de sexta-feira (27/9) após deixar o Líbano com a irmã libanesa Yara Abdallah
O irmão de Ali Kamal Abdallah, o adolescente brasileiro de 15 anos que morreu em um ataque de Israel ao Hezbollah, no Líbano, chegou ao Brasil na madrugada desta sexta-feira (27/9). Mohamed Abdallah, de 16 anos, sobreviveu ao ataque que matou o pai e o irmão na última segunda-feira (23/9), na fábrica de produtos de limpeza que a família trabalhava, localizada na cidade de Kelya, na região do Vale do Bekaa, a aproximadamente 30 quilômetros de Beirute.
O jovem chegou ao município de Foz do Iguaçu, no Paraná, por volta da meia-noite de sexta-feira (27/9) após deixar o Líbano com a irmã libanesa Yara Abdallah. Os irmãos foram recepcionados por familiares e amigos no aeroporto.
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Em entrevista a RPC, afiliada da TV Globo, Mohamed Abdallah afirmou que trabalhava com o pai, Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, e com o irmão Ali Kamal Abdallah, 15 anos, na fábrica e mesmo abalado descreveu o momento exato em que o ataque com foguetes aconteceu.
“Estávamos eu, meu irmão e meu pai. A gente foi ajudar ele a trabalhar e a gente escutou o primeiro bombardeio lá em Southmore. O segundo foi à nossa frente, na montanha. A gente pediu para o meu pai para fugir, e ele só queria terminar de encher a água lá dentro para trabalhar. A gente estava enchendo, e caiu tudo, nem vi mais nada, não consegui mais respirar, tirei as pedras de mim e fui ver meu pai. Estava no chão morto e meu irmão… Eu não conseguia achar meu irmão. Gritava o nome dele, com as pessoas do meu lado mortas, e eu não achava ele, nem escutei a voz dele”, relatou o jovem.
De acordo com informações do Itamaraty, além de Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, os ataques militares de Israel contra o Hezbollah no Líbano fizeram mais uma vítima brasileira, Myrna Raef Nasser, de 16 anos, que estava com a família no Vale do Bekaa, mesma região onde o jovem morreu. Desde o início dos ataques, já foram registrados mais de 700 mortos.
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