Mulher denuncia violência doméstica com pedido de dipirona ao 190
Policial interpretou o pedido de remédio como um chamado de socorro e conseguiu ajudar a vítima

Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e pode ocasionar gatilhos sobre violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste ou qualquer outro tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
Uma mulher conseguiu denunciar um caso de violência doméstica ao ligar para o 190 e, disfarçadamente, pedir dipirona, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O policial que atendeu a ligação percebeu que o pedido de medicamento era, na verdade, um pedido de socorro. A equipe foi acionada para prestar atendimento e o agressor acabou preso.
No áudio divulgado pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, é possível ouvir a conversa entre a vítima, que não teve a identidade revelada e a voz distorcida, e o agente, que conseguiu identificar o pedido de socorro como uma encomenda de medicamento: “Oi, eu gostaria de um remédio”, a moça inicia a ligação de forma tranquila.
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Na sequência, o policial questiona: “Remédio, senhora? É da Polícia, 190”, afirma o agente. No entanto, a mulher confirma e começa a passar seu endereço, quando o policial entende o que está acontecendo e começa a conduzir a denúncia: “A senhora confirma aí, se for positivo a informação, a senhora fala dipirona novamente. É seu marido?”, ele pergunta.
Conversando em códigos, a vítima confirma: “Sim, é a dipirona, sim”, respondeu. “Fala a intensidade da agressividade aí, miligramas, 10 miligramas, 20 miligramas ou 30 miligramas. Qual é a intensidade da agressividade dele?”, o policial também usou a quantidade de dipirona solicitada pela vítima como uma forma de medir a gravidade, que foi avaliada como 30.
Segundo o G1, os policiais militares enviaram ajuda e encontraram a mulher sem ferimentos graves, enquanto o agressor foi preso. As autoridades relataram que, no dia seguinte, a vítima ligou novamente para agradecer por o socorro ter chegado a tempo. Os agentes ficaram comovidos e aliviados por terem conseguido ajudá-la.
Canais de denúncia:
Além do 190, número da Polícia Militar para situações de emergência e socorro imediato, existem outros canais de apoio, inclusive voltados especificamente para mulheres em situação de violência. Um dos principais é o Ligue 180, um serviço público no enfrentamento à violência contra a mulher.
A central funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, com atendimento gratuito. Por lá, é possível obter orientações sobre direitos, leis e os serviços disponíveis na rede de apoio, como Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Defensorias Públicas e Núcleos Integrados de Atendimento.
O serviço também fornece informações sobre a localização desses órgãos, registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes. A ligação pode ser feita de qualquer lugar do Brasil, e o canal também está disponível via WhatsApp, pelo número (61) 9610-0180.
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