Pacientes receberam órgãos infectados com HIV no RJ, segundo Secretaria de Saúde
De acordo com a Secretária de Saúde do Rio de Janeiro, seis pacientes testaram positivo para HIV após transplantes
Seis pacientes que receberam órgãos transplantados no Rio de Janeiro testaram positivo para HIV após as cirurgias. O laboratório privado PCS Lab Saleme, contratado via licitação pela Fundação Saúde para realizar os exames no programa de transplantes, foi interditado e está sob investigação. A informação foi divulgada inicialmente pela BandNews e confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta sexta-feira (11/10).
Um dos casos envolve um paciente que recebeu um coração e, nove meses após o transplante, começou a apresentar sintomas e reações que levaram à descoberta de que ele havia contraído o HIV. Outros pacientes que também receberam órgãos estão sendo testados pelo Hemorio para verificar se há mais casos de contaminação.
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O processo de transplante de órgãos no Brasil começa com o diagnóstico de morte encefálica, seguido pela autorização da família e uma análise clínica do doador, com a realização de exames para verificar a saúde dos órgãos.
Segundo informações preliminares, o erro ocorreu durante a análise das amostras de sangue dos doadores. Os testes para detectar doenças, incluindo o HIV, apresentaram resultado negativo, liberando os órgãos para transplante. No entanto, exames posteriores realizados em um dos receptores revelaram a presença do vírus.
A Secretaria de Estado de Saúde classificou a situação como “sem precedentes”. “Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no Estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas”, declarou a SES-RJ em nota.
Diante da gravidade do caso, a SES-RJ instaurou uma sindicância para apurar as responsabilidades e punir os culpados e uma comissão multidisciplinar foi criada para acompanhar os pacientes afetados para oferecer todo o suporte necessário.
Além disso, todas as amostras de sangue armazenadas desde dezembro de 2023, quando o laboratório PCS Lab Saleme foi contratado, estão sendo rastreadas e reavaliadas para garantir a segurança dos pacientes transplantados.
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